No verão, estação marcada pelas altas temperaturas, lagoas e represas costumam servir de atrativo para aqueles que desejam se refrescar. É neste período também que os casos de afogamentos aumentam significativamente. Dados do 17º Grupamento do Corpo de Bombeiros apontam que mais da metade das ocorrências registradas (54,1% ) em 2015 no Alto Tietê, ocorreram justamente durante os meses mais quentes do ano.
De acordo com o levantamento, dos 24 afogamentos registrados na região, no ano passado, 13 ocorreram durante o verão. A maior parte destes incidentes foi contabilizada em janeiro, sendo seis ao todo. Na sequência aparece fevereiro, com um total de quatro acidentes. Já em março houve uma ocorrência, enquanto que em dezembro duas mortes foram confirmadas.
Ainda segundo o balanço, Mogi das Cruzes foi o município que registrou o maior número de afogamentos. Ao todo foram 18 casos, sendo 11 deles contabilizados durante a estação mais quente.
Suzano, por sua vez, foi a segunda colocada, em número de afogamentos, sendo quatro no total. No entanto, apenas um deles ocorreu no Verão. Já os municípios de Biritiba Mirim e Guararema, registraram um incidente cada. Porém apenas o primeiro deles entrou para a estatística de ocorrências de Verão (veja mais no quadro).
Já neste mês, antes mesmo do término da primeira quinzena, o abuso e a falta de cautela por parte dos banhistas, já começa a impactar nas estatísticas. Isso porque dois afogamentos já foram registrados no Alto Tietê, neste início de ano, sendo um deles em Guararema e outro em Mogi das Cruzes.
Para evitar que a diversão não vire tragédia alguns cuidados são necessários, principalmente em relação às crianças, já que elas costumam se perder facilmente e, devido à baixa estatura, estão ainda mais expostas aos riscos de afogamento. "Mantenham-nas sob o seu campo visual e procure sempre identificá-las. Além disso, é recomendado o uso de colete salva-vidas, desde que no tamanho correto", orienta o Corpo de Bombeiros.
A cautela e a adoção de medidas preventivas também são indispensáveis para os adultos. Entre as principais recomendações estão: "respeitar as placas de advertência, que indicam os locais perigosos", bem como "não abusar da ingestão de bebidas alcoólicas", uma vez que as mesmas fazem a pessoa perder a noção de perigo.
Além disso, entrar na água após comer demais, também deve ser evitado devido aos riscos de congestão. O ideal, é aguardar alguns minutos para retornar à água.