Os mogianos que faltam em consultas médicas e que esquecem de buscar os resultados dos exames laboratoriais geram um prejuízo mensal estimado em R$ 900 mil para os cofres municipais. De acordo com o prefeito Marco Bertaiolli (PSD), a taxa de absenteísmo nas consultas, que gira em torno de 25%, é uma das principais preocupações da saúde pública. Segundo o secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, a quantidade de exames não retirados varia entre 20 a 25 mil, todos os meses. Em um ano, o prejuízo da administração municipal ultrapassa os R$ 10 milhões.
Bertaiolli informou que a saúde mogiana enfrenta, atualmente, dois obstáculos: a utilização da rede pública por pessoas que têm plano de saúde ou que são de outras cidades e o absenteísmo."Temos 30% de atendimento de pessoas que não deveriam estar na rede municipal, mas que não têm atendimento adequado do plano de saúde. A segunda demanda é exatamente a falta nas consultas. Infelizmente, 25% das pessoas que marcam uma consulta não aparecem. Isto acaba elevando a espera pelo agendamento. O mesmo ocorre nas unidades laboratoriais. Quando uma pessoa faz o exame, ele é processado pelo Instituto Albert Einstein. Se o paciente não retira o resultado, perdemos dinheiro, mas o mogiano perdeu de se cuidar, pois o exame poderia indicar um tratamento que podia ser feito", ressaltou.
De acordo com o secretário, cada consulta médica tem o custo aproximado de R$ 100 e a cada mês cerca de 7 mil atendimentos deixam de ser prestados, por causa da ausência de paciente. Para tentar frear o índice de absenteísmo, a Prefeitura implantou um sistema que envia mensagens de texto para os celulares cadastrados pelo SIS e faz ligações para lembrar os mogianos das consultas.
Cusatis explicou que os exames laboratoriais custam cada entre R$ 7 e R$ 8 para os cofres públicos. "Não agendamos consultas com mais de 40 dias, para evitar que as pessoas esqueçam. Se conseguirmos reduzir o absenteísmo para 10%, vamos ganhar 3,5 mil consultas. Com isto, a média do tempo de agendamento cairia para 15 dias. Perdemos cerca de 20 ou 25 mil exames todos os meses, porque as pessoas não buscam os resultados", ressaltou. (L.N.)