Os últimos dados relativos ao mercado de trabalho divulgados pelo Caged ratificaram o pessimismo e mostram que a recessão já está impactando fortemente a economia de Mogi das Cruzes.
Nacionalmente, houve a destruição de 1,5 milhão de postos de trabalho em 2015, número que impressiona dada a criação de cerca de 400 mil empregos em 2014.
Mesmo os setores de Serviços e de Comércio, que puxaram a alta do emprego nos último anos, apresentaram saldo negativo para o ano passado, impactados pela retração do crédito.
A tendência para este ano é que Mogi das Cruzes continue perdendo postos de trabalho. Em 2015, a cidade apresentou saldo líquido negativo de empregos para todos os setores de atividade econômica, com destruição de 3.130 postos de trabalho contra a criação de 1.873 no ano anterior.
Setores tradicionais da cidade, como comércio e serviço, que responderam por boa parte da criação de vagas de trabalho em 2014, não mantiveram o mesmo desempenho no ano passado, reduzindo por volta de 1,5% das vagas de trabalho. O setor de construção civil foi o mais impactado, com uma queda de 7,5% dos postos de trabalho em relação a 2014, enquanto a indústria de transformação teve uma queda no emprego de 6,2%.
Assim, este ano será árduo e de desafios para a população e para o setor público. Enquanto as estimativas são de que a economia brasileira caiu 3,7% no ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou esta semana relatório prevendo queda de mais de 3,5% em 2016 e crescimento zero em 2017.
Em Mogi, o desemprego em alta certamente irá impactar a demanda por mais serviços públicos municipais. Isso porque, com a situação econômica difícil, mais mogianos terão que colocar seus filhos em escolas públicas, deixar de utilizar planos de saúde privados, além de uma parcela da população que irá entrar em situação de vulnerabilidade social.
Com a previsão de forte queda na receita do município, tanto o atual prefeito, como quem se candidatar este ano, precisará pensar em formas de oferecer mais serviços públicos e, ao mesmo tempo, gastar menos.