A Prefeitura de Suzano formará uma comissão de avaliação, que contará com a participação de arquitetos, corretores de imóveis e engenheiros da cidade, para definir os valores que serão cobrados na venda de 11 áreas públicas do município por meio de licitação. O recurso arrecadado com a comercialização dos terrenos, sendo aproximadamente R$ 38 milhões, será utilizado para o pagamento de dívidas municipais.
De acordo com um ofício encaminhado ontem pela secretária de Assuntos Urbanos, Carmen Lúcia Lorente, a Carminha, a primeira reunião com os profissionais acontecerá hoje, às 15 horas, na própria pasta, localizada na rua Baruel. O grupo vai colaborar na avaliação dos imóveis que serão vendidos por meio de leilão. O documento foi repassado para entidades de classe como a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Suzano.
Em nota encaminhada na semana passada ao Dat, a prefeitura informou que já iniciou a elaboração do edital da licitação que deve ser aberta em breve. O projeto que autoriza o leilão dos imóveis, para o pagamento de dívidas, foi aprovado pela Câmara no final do ano passado. A propositura informa que as áreas disponíveis para venda estão na rua Dr. Prudente de Moraes (que foi desapropriada pelo ex-prefeito Marcelo Candido, para instalação do hospital federal, na Vila Amorim); avenida Corning (Jardim Lazzareschi); rua Antonio Mayer (Jardim Santo Antônio); rua Ignacio Garcia (Jardim Suzano); rua Ignacio Garcia, na esquina com a João Evangelista da Cunha (Parque do Colégio); rua C com a Jeca Tatu (Jardim Cacique); rodovia Índio Tibiriçá (SP-31, no distrito de Palmeiras); avenida Paulista (Jardim Monte Cristo); avenida Manoel Casanova (Jardim Carlos Cooper); rua vereador Sebastião Elias Carvalho (Jardim da Saúde) e rua Ouro (Monte Cristo).
Ainda segundo o documento, as áreas serão vendidas por meio de licitação, onde será aceita a maior proposta financeira. O valor da arrematação poderá ser parcelado em até dez vezes, mas, neste caso, o montante final definido terá acréscimo de 5%. A alienação, por sua vez, não poderá se dar por valor inferior a 70% da quantia determinada, em avaliação feita pela prefeitura para esse fim.
A venda dos terrenos causou muita discussão na Câmara de Suzano. Isso porque alguns parlamentares não concordaram em vender o patrimônio público, para pagar dívidas resultantes de uma possível má gestão do orçamento.
A forma como o projeto foi aprovado, em regime de urgência e sem possibilidade de todos os vereadores tomarem conhecimento sobre o seu teor, também recebeu duras críticas de alguns integrantes do Legislativo.