A utilização do simulador veicular de direção nos centros de formação de condutores (CFCs) passou a ser obrigatória em todo o Estado. A expectativa no Alto Tietê é de que o cumprimento da determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deixe a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) até R$ 300 mais cara.
Desde a última segunda-feira, os futuros motoristas ou aqueles condutores que irão mudar de categoria são obrigados a fazer, no mínimo, cinco horas de aula de simulação, sendo uma com conteúdo noturno. Inicialmente, as simulações virtuais estão sendo utilizadas apenas para quem vai obter CNH para conduzir carros de passeio (categoria B).
A diretora de ensino Érica Araújo Freitas, que atua em uma autoescola localizada na rua Ipiranga, em Mogi das Cruzes, destaca que com a obrigatoriedade será necessário a compra de mais um equipamento para atender a demanda. "Já utilizamos o simulador desde a primeira vez em que a obrigatoriedade foi anunciada. Agora, como todos os alunos terão que usar o equipamento, estamos verificando a possibilidade de adquirir mais um aparelho, pois iremos atender também os alunos de outras unidades. Acredito que o aumento no valor da CNH vai girar entre R$ 200 e R$ 250", disse.
Para ela, a utilização do equipamento é benéfica, principalmente para os futuros condutores que não possuem muita noção de direção. "Há mais de um ano a gente já vem utilizando o simulador. O que percebemos é que ele acaba dando mais segurança, principalmente para quem ainda não tem muita noção. Além disso, também possibilita que o aluno vivencie algumas situações, como dirigir na chuva, por exemplo", comentou.
A maior segurança dos alunos que utilizaram o simulador também foi percebida por Ediane dos Santos, proprietária de um CFC que fica na rua doutor Felício de Camargo, no centro de Suzano. "Os alunos que saiam da aula teórica e iam direto para a prática tinham certo receio. O que a gente notou é que com o simulador eles adquirem mais segurança. Na prática, essa obrigatoriedade não vai mudar muita coisa, pois já utilizávamos o equipamento de forma esporádica. Além disso, pretendemos manter o valor de R$ 50 por aula", avaliou.
Já para Jeniffer Gama, proprietária de uma autoescola situada na praça Padre João Alves, em Itaquaquecetuba, o uso do simulador ainda é cercado de expectativas. "Alugamos um simulador de direção, mas até então não o utilizamos. Agora, com a obrigatoriedade, é que vamos ver como funciona e o que muda. Infelizmente isso acaba gerando um custo para nós e teremos que repassar para os clientes. De acordo com nossos cálculos, o aumento deve chegar a
R$ 300", contou.