As 33 crianças acolhidas na Casa da Criança de Mogi das Cruzes terão um Natal e um Ano Novo mais aconchegante e fraterno. Assim que as duas novas unidades foram entregues, no dia 12 de dezembro, todas as crianças foram transferidas para os imóveis, localizados no Alto do Ipiranga. Em comparação com a antiga sede, na Vila São Francisco, a nova Casa da Criança oferece mais conforto, instalações modernas e sobretudo a convivência familiar em um bairro. A adaptação das crianças foi fácil e imediata.
“Todos adoraram as novas casas, que foram construídas especialmente para este objetivo. O projeto cumpre todas as determinações da legislação e os imóveis têm ótima localização, em um bairro onde as crianças podem ter uma convivência comunitária mais intensa. Durante as festas de final de ano, elas foram para as casas dos pais ou padrinhos e isso vai acontecer também na virada do ano. A partir de janeiro, todas retornarão para cá e terão um 2016 nas novas instalações”, explica a secretária municipal de Assistência Social, Eliana Mangini.
Mogi é uma das primeiras cidades do Brasil a atender o que preconizam os órgãos reguladores, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Conanda, para a construção de prédios com menor capacidade. Cada unidade da Casa da Criança pode atender até 20 crianças. Ao lado do imóvel, foi inaugurada a Praça Sérgio Piccolomini e uma Academia da Terceira Idade (ATI). O complexo tambem conta com uma casa, que serve como zeladoria. Um guarda municipal reside no local.
O prédio onde funcionava a antiga Casa da Criança, na Avenida Valentina de Mello Freire Borenstein, na Vila São Francisco, em frente ao Parque Leon Feffer, abrigará um Centro de Atenção Psicossocial – CAPS AB, equipamento da Secretaria Municipal de Saúde para atender dependentes químicos.
Criada em 1989, com o nome de Unidade de Amparo e Encaminhamento (Unamen), a Casa da Criança recebeu a atual denominação em 2001. Neste período, o equipamento ganhou regimento próprio e consolidou-se como uma unidade de serviço de acolhimento como medida de proteção. O objetivo é acolher, em caráter provisório e excepcional, crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e/ou social, cujos direitos tenham sido violados, encaminhadas pelo Poder Judiciário e Conselho Tutelar.
A nova Casa da Criança possui salas de estar, brinquedoteca, salão de jogos, refeitório, dormitórios, banheiros, berçário, solário, playground, além de áreas específicas para administração, atendimentos médico e odontológico. Além disso, a praça Sérgio Piccolomini também poderá ser utilizada para atividades de lazer e inclusão com a comunidade. O objetivo, de acordo com Eliana Mangini, é fazer com que os meninos e meninas sintam-se como se estivessem em casa, ao lado dos irmãos, reproduzindo de forma mais fiel possível o ambiente de uma família.
A unidade funciona 24 horas por dia. Os meninos e meninas fazem todas as refeições no próprio local – café da manhã, almoço, jantar e lanches – e contam com acompanhamento profissional para diversas atividades. A Casa da Criança possui assistente social, psicólogo, monitores, merendeira, além de funcionários de apoio e a coordenação.
“Oferecemos acompanhamento escolar aos estudantes, além de apoio nas atividades do dia-a-dia. Queremos que eles vivam como as demais crianças. Por isso, a nossa equipe técnica também busca atividades extracurriculares, como natação e práticas esportivas, além de participação em festas e eventos sociais. A agenda diária é movimentada e para isso contamos com um grupo multidisciplinar encarregado do planejamento da entidade”, explica a secretária.