Chavedar explica que a lei mogiana é de 1982 e, desde então, a cidade e o país passaram por transformações significativas. A principal diz respeito à flexibilização no uso do solo, com a utilização de espaços que recebem serviços profissionais, de lazer e mesmo residenciais. Nos anos 70 e 80, explica o secretário, era comum a definição de áreas específicas para moradia, comércio e lazer. Com o passar dos anos e principalmente graças à evolução tecnológica, hoje os empreendimentos mais modernos mesclam essas atividades.
"Os shopping centers hoje reúnem serviços, diversão e espaços para trabalho e moradia. Aquele modelo de uso do solo ficou engessado e precisa ser rediscutido, com a participação de todos", acrescenta, apontando os home offices - trabalho em casa - como um símbolo desta nova era. Ele argumenta também que a questão do uso do solo diz respeito diretamente à abertura de novas empresas nos bairros da cidade, o que tem relação direta com a crise econômica vivida pelo país atualmente: "Com esta situação de crise, não podemos perder oportunidades de atrair novas empresas e gerar empregos por causa de empecilhos legais", observa.
Após a realização das audiências públicas, o projeto de lei deverá ser encaminhado à Câmara Municipal no início de 2016.