Em razão da grave crise política, que impacta o setor econômico, que tem como um dos resultados a piora no desemprego, a inadimplência deve seguir em alta e cair apenas a partir de 2017. Essa foi a constatação da Associação Nacional de Birôs de Crédito (ANBC), uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, cujo objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável do crédito no Brasil e também de economistas.
De acordo com a entidade recém criada, formada pela Serasa Experian e a Boa Vista SCPC, ao todo são 59 milhões de consumidores impedidos de adquirir crédito. As dívidas em atraso (30 a 60 dias) somam R$ 255 bilhões com bancos (financiamentos de carros, imóveis, etc), ou contas de luz, água, telefonia ou débitos com empresas do varejo.
O desemprego é tido como o grande vilão para a explosão das dívidas, segundo estudo feito com 8.288 consumidores. A taxa de desocupação chegou a 8,9% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com o IBGE. No mesmo período de 2014, esse número era de 6,8%.