A velocidade média dos veículos que circulam pela região central de Mogi das Cruzes nos horários de pico varia entre apenas 22 quilômetros por hora e 28 quilômetros por hora. Os índices de velocidade foram apontados pela pesquisa encomendada pela Prefeitura de Mogi para embasar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana. O estudo aponta aind, que a principal causa de paradas do tráfego são os semáforos. O plano deverá ser encaminhado para a Câmara Municipal até o início de dezembro.
A pesquisa aponta que durante o período da manhã a velocidade média sentido bairro-centro é de 26,45 km/hr e na direção inversa, centro-bairro é de 28,31 km/hr. No período da tarde, a velocidade na região central cai para 22,16 km/hr no sentido centro-bairro e 22,47 km/hr no bairro-centro.
De acordo com o estudo, os principais motivos para as paradas do tráfego são os semáforos, seguido pelo congestionamento. O estudo mostra que a lentidão natural nas ruas centrais afeta mais os motoristas no período da tarde, no sentido centro-bairro. Já os semáforos, impactam os condutores de uma forma mais intensa durante o período da manhã no sentido centro-bairro.
O levantamento levou em consideração ainda a opinião de 1.536 pessoas para avaliar o sistema viário e a circulação. Deste total, 56% dos entrevistados afirmaram que os congestionamentos em Mogi são muito frequentes, 42% disseram que a fiscalização de trânsito é atuante, 49% avaliaram o comportamento dos demais motoristas como insatisfatório e 44% dos participantes afirmou que o comportamento dos pedestres era insatisfatório. Juntos, o congestionamento e os buracos nas ruas foram os principais problemas apontados pelos entrevistados.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Nobuo Aoki Xiol, o trabalho vai ser essencial para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. "Essa pesquisa foi realizada antes do início das obras da passagem subterrânea da praça Sacadura Cabral. A relevância está em cada uma das áreas. Foi citado, por exemplo, a questão das calçadas, a pontualidade dos ônibus e o estacionamento da área central", esclareceu.
Pesquisa
O estudo ouviu 2.941 pessoas, entre pedestres, ciclistas, motoristas e usuários de ônibus, sobre a mobilidade urbana. Cada setor foi analisado individualmente na pesquisa, e para cada área foram apresentados dados e propostas de solução para as questões. Os mogianos fizeram também 243 propostas para o plano, sendo que 57% dessas sugestões serão utilizadas para a elaboração do documento.