Equipes de manutenção do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) intensificaram, nesta semana, o trabalho de desobstrução da rede esgoto em Jundiapeba, com o reforço de caminhões hidrojato – equipamento que faz a sucção de detritos acumulados na tubulação e o jateamento de água sob pressão para limpeza. A estimativa da autarquia é de que nove em cada dez chamados para casos de entupimento do sistema (e consequentemente o vazamento na rua e/ou retorno de esgoto para os imóveis) são causados pelo mau uso da rede, como descarte de materiais sólidos ou ligações irregulares de águas pluviais.
Mensalmente, são abertas, em média, 1.200 ordens de serviço para retenção de vazamentos ou desobstrução. Cerca de 40% são em Jundiapeba. Todos os pedidos são registrados pelo telefone 115.
Na manhã desta quinta-feira (05/11), por exemplo, muitas pedras foram retiradas de um posto de visitas da Avenida José de Souza Branco, devido ao lançamento irregular de detritos na tubulação. Na semana passada, numa rua próxima, a Augusto Regueiro, funcionários do setor de manutenção retiraram um grande volume de gordura e detritos (entre eles uma sandália) e até mesmo uma gaiola que estava dentro da caixa de inspeção de um condomínio do bairro.
O Semae possui oito equipes exclusivamente para este trabalho – manutenção de coletores, desobstrução de tubulações e operação de caminhão combinado (hidrojato e limpeza de fossas).
Além da limpeza, a autarquia também orienta a população sobre o uso do sistema, evitando o descarte de materiais sólidos e de água pluvial nas tubulações. As solicitações de manutenção para casos de vazamentos e entupimentos aumentam cerca de 50% nos períodos chuvosos. Isso acontece porque a água pluvial, ao ser ligada irregularmente na rede de esgoto, sobrecarrega o sistema e aumenta a pressão na tubulação.
A recomendação do Semae é para que os cidadãos verifiquem a existência de ligações que despejam a água da chuva no sistema de esgoto. Muitas vezes as pessoas não percebem que estas ligações existem. As calhas da casa ou edifício devem conduzir a água para as sarjetas, nas ruas, e não para tubulações internas. “O morador precisa ver a água da chuva saindo pela sarjeta. O erro ocorre quando é conduzida para uma tubulação interna, e dela para a caixa de esgoto”, explica o diretor-geral adjunto do Semae, Dirceu Lorena de Meira.
Fiscalização
A autarquia iniciou em outubro, pelo distrito de Cezar de Souza, um trabalho de orientação e fiscalização para reduzir o despejo irregular de águas pluviais na rede de esgoto. Ao identificar o problema, o Semae primeiramente notifica o morador e dá um prazo de 30 dias para regularização. Passado este período, caso a situação não seja corrigida, o responsável pelo imóvel estará sujeito a uma multa de 10 Unidades Fiscais do Município, o equivalente, hoje, a R$ 1.376,80.