A mãe da estudante de 16 anos suspeita de agredir a professora Ana Paula Lemos Fernando Bonomo de Aquino dentro da sala de aula da Escola Estadual Pedro Malozze, no Alto do Ipiranga, em Mogi das Cruzes, na semana passada, informou que aguarda os procedimentos legais para saber os desdobramentos do caso. No entanto, reivindica que, assim como a sua filha fez, quer que "a educadora também reconheça que errou nesse caso".
Conforme já noticiado pelo Mogi News, a professora, de 41 anos, foi agredida no último dia 16. Após pedir permissão para sair da sala e ter o pedido negado, a aluna teria discutido e posteriormente agredido a professora. No entanto, segundo o depoimento da menor, ela teria sido xingada pela educadora, dando inicio a uma briga. O caso foi registrado como ato infracional, já que trata-se de uma menor, e foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
"Minha filha errou e eu não quero que ela esqueça do que fez. Faço questão de lembrá-la todos os dias do ocorrido. Ela vai pagar na Justiça por ter errado, mas eu exijo que a professora também admita que errou", disse a mãe da jovem. 
Segundo a mãe da estudante, uma técnica em segurança do trabalho, de 33 anos, ela ainda não sabe o que deverá ser feito em relação ao caso. "Estou aguardando a Justiça para então decidir o que farei. Não quero que a situação piore mais do está. Eu apenas quero que a professora assuma que também bateu na minha filha. As duas erraram", comentou.
A mãe destacou ainda que, de forma alguma, é conivente com a atitude da jovem. "Ela sabe que errou, vai pagar pelo que fez na Justiça e eu também tenho feito meu papel. Ela não tem saído de casa com as amigas mais, não porque tema alguma agressão nas ruas, mas porque quero que ela reflita. Minha filha entende que isso também tem sido um peso para ela", frisou.
Assim como já havia sido destacado pela coordenadora da Apeoesp de Mogi, Vânia Pereira da Silva, a técnica em segurança do trabalho, também ressalta a necessidade da filha em receber um acompanhamento psicológico. "Sob orientação do Conselho Tutelar eu transferi ela de escola e agora aguardo uma vaga para que ela possa ser acompanhada por um psicólogo. A gente sabe que estas coisas são um pouco demoradas, mas ela precisa disso. Ela nunca foi agressiva, principalmente com pessoas mais velhas. Esse acompanhamento é necessário até para que o problema não venha a ocorrer novamente", concluiu.
A reportagem do Mogi News procurou novamente a professora agredida, no entanto, a informação recebida é que "para não complicar ainda mais o caso, o advogado dela a orientou a não comentar mais sobre esse assunto com a imprensa".