A Operação Verão começará a partir do dia 1º de dezembro em Mogi das Cruzes. A ação tem o objetivo de criar um sistema integrado para minimizar os danos causados pelas chuvas. O projeto é desenvolvido anualmente pela Prefeitura e Defesa Civil, em parceria com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Atualmente, a cidade conta com 38 áreas de risco: cinco de deslizamento, seis de inundação e 27 de alagamento. Ao todo, 785 imóveis são afetados, sendo 607 por risco de inundação e 178 residências por deslizamento. O município erradicou nos últimos anos as áreas de risco iminente.
O secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, participou nesta semana de uma reunião na sede da Defesa Civil do Estado, em São Paulo, para atualizar as informações sobre a Operação Verão, que é realizada em todo território paulista. "No fim de novembro, vamos lançar a operação oficialmente. Ela começará no dia 1 de dezembro e seguirá até o dia 31 de março de 2016. É nesse período fortes chuvas que a Prefeitura intensifica os cuidados com os estragos que a chuva pode provocar nas áreas de risco. Temos atenção especial com os pontos cadastrados, mas nada impede que outros problema surjam com a chuva", alertou.
Nepomuceno contou que as áreas de risco de deslizamento são encontradas em terrenos particulares e que os proprietários passam por orientação ao logo do ano. "Elas são regulares e, por algum problema como de topografia, eles estão em risco. Na Vila São Paulo, temos 43 casas nessa situação, no Parque Itapeti são 12, no Jardim Margarida temos oito, no Piatã I são 100 e na Vila Nova União, temos 15", informou.
As inundações ocorrem quando os rios ou córregos transbordam e invadem casas e ruas. Mogi conta com seis pontos com risco de inundação. "Temos 49 residências na Ponte Grande, 222 no Jardim Náutico, 112 na Chácara Guanabara, nove em César de Souza, 200 na Vila Santos Dumont e 15 na estrada do Rio Abaixo", detalhou Nepomuceno.
Mogi conta com 27 pontos com risco de alagamento, ou seja, áreas com deficiência de drenagem da água. A praça da Bíblia, a avenida Lourenço Souza Franco, a praça do Habib's e a avenida João XXIII - além da área da Vila Hélio, as proximidades do Terminal Central de Ônibus e trecho da avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco (por onde passa o córrego Ipiranga) são alguns dos locais que podem alagar no período de chuva. Ao longo do ano, a Prefeitura desenvolve algumas ações preventivas para evitar danos causados pela chuva, como a limpeza de córregos, bueiros e a Operação Cata Tranqueira. Outras iniciativas corretivas também são feitas, como a obra no ribeirão Oropó.
O secretário afirmou que a cidade está preparada para o período de chuvas. "Temos como referência que o acumulado de 35 milímetros de chuva em 24 horas é capaz de trazer algum tipo de problema, no entanto, poucos dias superaram esse índice este ano. Normalmente, as chuvas ficaram entre 15 e 20 milímetros. Isso não causa transtornos maiores e é suportável. Não temos previsão para chuvas intensas nesse verão", esclareceu.