As possibilidades de demissões na rede de ensino do Estado foram descartadas pela Secretaria de Educação do Estado. Essa era uma das preocupações dos Sindicatos dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesps). No entanto, os contratos dos profissionais comissionados poderão não ser renovados no ano que vem, segundo informou a pasta.
Todos os funcionários efetivos serão remanejados, juntamente com os estudantes, segundo informou a Secretaria de Educação, afirmando ainda que não haverá prejuízos para os educadores. A probabilidade é que eles sigam o mesmo fluxo do ciclo, no qual eles já lecionam. No caso dos professores da categoria "O", que são os contratados sem concurso público, os contratos tem validade de um ano e poderão ser encerrados sem renovação.
A coordenadora da Apeoesp de Suzano, Ana Lúcia Ferreira, ainda teme o risco de desligamentos no quadro de professores. "Vão realocar os professores e se não tiver vaga, haverá demissões", avaliou. A professora ainda adiantou que, na próxima sexta-feira, dia 6, o sindicato pretende se reunir com a dirigente de ensino da região. "E dia 10 de novembro haverá uma assembleia e um ato no palácio do Governo do Estado", disse.
Mesmo com as demissões sendo descartadas, o sindicato dos professores continua contra a reorganização escolar. "Isso não é positivo, de forma alguma, até porque não existe estruturação para as escolas receberam os alunos do ensino médio. Não tem laboratório, por exemplo", explicou a coordenadora da Apeoesp de Poá, Jucinéa dos Santos. "Antes de fazer a reorganização tem que estruturar".
Para a professora de Mogi das Cruzes, Inês Paz, que também é membro da Apeoesp, os desligamentos devem acontecer. "Vai ter uma demissão em massa, sim, da categoria 'O', que já não tem benefício algum", disse. Ela ainda destacou que é necessário melhorar a qualidade de ensino e as condições de trabalho para os professores. "A nossa batalha é que os professores tenham 20 horas de aula por semana e as outras 20 sejam destinadas para reforço, correções de trabalhos e esclarecimento de dúvidas", explicou. Inês ainda adiantou que novos protestos devem acontecer no Estado.