A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já flagrou mais de 1.817 ocorrências de furto de água no Alto Tietê, em dez meses. As fraudes resultaram no desvio de 81,2 milhões de litros do recurso hídrico. O volume desperdiçado corresponde ao período de janeiro a outubro deste ano.
No último trimestre, as ocorrências de fraudes nas redes de água da Sabesp cresceram 146,54%, já que no primeiro semestre deste ano, 737 casos de desvio de água tinham sido identificados pela companhia de saneamento na região.
Em 2015, as equipes da Sabesp fiscalizaram 10 mil imóveis, dos quais 18,17% estavam em situação irregular, porém, segundo a autarquia, os problemas identificados também já foram sanados. Os números de irregularidades compreendem os municípios de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Suzano e a região dos bairros da divisa de Mogi das Cruzes.
O volume de água desviado pelas fraudes, no Alto Tietê, seria suficiente para abastecer, em média, 6,8 mil famílias durante um mês, de acordo com levantamento da Sabesp.
Esse tipo de irregularidade é considerada crime e quem for flagrado desviando água, poderá ser encaminhado à delegacia. Entre as penas está a cobrança retroativa da tarifa pela água furtada e pelo esgoto coletado. O responsável pelo ato ainda é indiciado por furto qualificado, crime que pode levá-lo a prisão. Os casos suspeitos deste tipo de delito também podem ser denunciados pelos telefones 181 ou 195 (Disque-Denúncia).
A Sabesp também trabalha com equipes de "caça-fraude" e vem atuando fortemente na região, para identificar os problemas no acompanhamento do consumo e vistorias nos imóveis. A fiscalização ainda conta com o apoio da polícia na identificação de fraudes. A pena para essa ocorrência é de um a quatro anos de reclusão, além de multa.