O início das obras de desassoreamento do rio Tietê, em Itaquaquecetuba, está na dependência da liberação de Licença Ambiental, que é concedida pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Nesta semana, uma equipe do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) se reuniu com o prefeito Mamoru Nakashima (PSDB) para apresentar o plano de limpeza e desassoreamento do trecho que vai passar pelo município.
Nas redes sociais, o tucano destacou as melhorias que os serviços trarão à cidade, apontando a Vila Japão e os bairros daquelas proximidades, que sofrem com enchentes e alagamentos por conta do rio que passa naquela região.
O Daee informou que aguarda apenas a liberação da Licença Ambiental para dar início aos trabalhos, portanto, ainda não é possível dar a previsão exata de quando as obras começam e nem se devem ocorrer antes do período de chuvas, mas a estimativa do órgão é dezembro. O relatório ambiental preliminar, inclusive, já foi protocolado, segundo o órgão.
A reportagem do Dat questionou a Cetesb sobre a previsão de concessão da licença e o órgão informou que o processo de licenciamento das obras de desassoreamento do rio Tietê ainda se encontra em fase de análise técnica. "Só após a conclusão da análise, é que podemos comentar algo. Neste momento, não temos como prever prazo para a finalização dessa etapa do processo", informou a companhia ambiental, por meio de nota.
Os serviços serão realizados no trecho entre o córrego Três Pontes, na divisa de São Paulo com Itaquá, e o córrego Ipiranga, em Mogi das Cruzes. O trabalho prevê a remoção de 343 mil metros cúbicos de sedimentos, como areia, argila e materiais não inertes, além de lixo depositados no fundo do rio. O Daee afirmou que a retirada desses materiais do canal poderá contribuir para evitar inundações em Poá, Suzano, Mogi e Itaquá. (F.F.)