O Alto Tietê já arrecadou R$ 2,2 bilhões em tributos apenas neste ano, equivalente a R$ 1,4 mil por habitante. O valor corresponde ao total que os brasileiros já pagaram em taxas, impostos e contribuições em 2015 para os governos municipal, estadual e federal e é atualizado constantemente pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), através do impostômetro. Esse montante é 6,35% menor do que o arrecadado no mesmo período do ano passado.
Embora a receita tenha diminuído, com esse montante da região seria possível construir mais de 140 mil salas de aulas equipadas, contratar 135,9 mil professores, 130 mil policiais ou pagar a conta de luz de todos os brasileiros por 11 anos.
Hoje, o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo vai atingir a marca dos R$ 1,8 trilhão, que é resultado do aumento da carga tributária, segundo informou a entidade. "Apesar do baixo nível de atividade, a alta dos preços vem fazendo com que a arrecadação cresça em valores nominais. Isso mostra que, a despeito da recessão, os consumidores continuam pagando muito imposto", explicou Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Na região, respectivamente, Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba são os municípios com maior arrecadação de impostos. Juntas, essas cidades somam pouco mais de R$ 1,3 bilhão em tributos pagos pela população, correspondente a 60,17% do total arrecadado por todo o Alto Tietê. Com essa valor seria possível construir 38,1 mil casas populares de 40 metros quadrados ou 16,5 mil quilômetros de redes de esgoto.
Os demais municípios da região somam R$ 882.8 milhões em impostos arrecadas, segundo o medidor da Associação. Essa arrecadação de tributos poderia pagar um salários mínimo para 780 mil habitantes do Alto Tietê ou contratar mais de 46,5 mil policiais por ano.
De acordo com a atualização do impostômetro, a arrecadação de tributos só aumentou em Ferraz de Vasconcelos, com arrecadação 26% maior que em 2014. Entre janeiro e novembro deste ano, os ferrazenses pagaram R$ 189,1 milhões, contra R$ 150,1 milhões no ano passado.