Mais de mil alunos da rede municipal de ensino e visitantes conheceram ontem robôs que auxiliam pessoas com deficiência, movidos a energia solar e que tocam músicas, todos elaborados por estudantes de seis escolas municipais com idades entre 9 e 10 anos. Os equipamentos fizeram parte da 1ª Mostra Municipal de Robótica Educacional, realizada no Cemforpe. Outra atração que chamou a atenção do público foi a competição de sumô.Vencedora de três medalhas de prata, uma de ouro e uma de bronze em competições de Robótica e Astronomia, a aluna Bianca Martins Costa, 10 anos, da Escola Municipal Antonio Pedro Ribeiro, na Moralogia, explicava aos visitantes os trabalhos desenvolvidos pelos alunos da unidade escolar. "Colocamos uma moeda e cai uma ficha de uma cor. A partir desta cor, o robô toca um instrumento. Também temos o robô que funciona a partir da energia solar". 
Pioneira no ensino de robótica na rede municipal, a Escola Municipal Fujitaro Nagao, no Cocuera, trouxe robôs que auxiliam pessoas com deficiência visual, física e intelectual. A ideia foi do aluno Leonardo Oliveira Nunes, 10 anos. "Pensei em fazer alguma coisa para ajudar as pessoas. Quando eu estudava em outra escola tinha um amigo com deficiência", contou.
Um dos trabalhos apresentados foi uma prótese mecânico-robótica para que a pessoa possa pegar objetos. 
Os alunos da EM Profª Apparecida Ferreira Cursino, no Jardim Universo, exibiram o braço robótico, robôs de sumô e o tapete do desafio. "Aprendemos várias coisas como matemática, português, história e ciências com a robótica. Eu gosto porque é divertido e estudamos com os amigos", disse a aluna Rayane Alves, de 9 anos.
Robôs simulando animais também encantaram os visitantes, como os apresentados pela EM Coronel Almeida, no centro. Os estudantes da EM Jair Rocha Batalha, em Brás Cubas, trouxeram também o giro, que conta com quatro sensores, de cor, toque, girômetro e o ultrassônico que sente o movimento. 
"As crianças programam os robôs e, para isso, têm que medir e fazer os cálculos matemáticos para saber as rotações, por exemplo", explicou o orientador de informática, Taciano Segovia.
A autonomia dos alunos é um dos benefícios do projeto. "O nosso professor é muito bom, ele explica, mas não deixa a gente copiar. Montamos e podemos criar nossos próprios robôs", disse Otávio Augusto Silva de Oliveira, aluno do Cempre Prof. José Limongi Sobrinho, no Botujuru, que apresentou robôs de sumô.