Duas semanas após ter entrado em operação, o bombeamento de água da Represa Billings para o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) ainda não alcançou sua força total. A redução no volume repassado, previsto inicial para ser de 4 mil litros por segundo, se deve ao assoreamento de aproximadamente 3 quilômetros do rio que recebe a água logo após a transposição.
Segundo a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH), o bombeamento não está paralisado, "está em período de operação assistida, o que significa que milhões de litros já foram e continuam sendo transferidos, contribuindo para o aumento da segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo".
Ainda de acordo com a pasta, como em toda obra de grande porte, o período de operação assistida "é necessário para que eventuais ajustes, perceptíveis apenas na prática, sejam feitos. No caso da transposição da Represa Billings, não há qualquer ajuste a ser feito na tubulação e bombas executadas pela Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) que captam água do Rio Grande, no ABC, e levam ao córrego Taiaçupeba-Mirim".
A Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos também ressaltou que já iniciou as obras para reforçar a canalização do córrego onde acontece a chegada da água que, com sua força, causou o aumento de nível e consequente refluxo nas galerias pluviais. "Em questão de dias, o bombeamento alcançará sua força total", completou a pasta, por meio de nota.
Apesar da obra de transposição para reforçar o abastecimento do Sistema Alto Tietê e com isso reduzir a captação do Sistema Cantareira, a Sabesp já solicitou a Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) que o volume de retirada seja mantido em 13,5 mil litros por segundo e não reduzido para 10 mil litros por segundo no Cantareira, conforme havia sido anunciado anteriormente.
De acordo com a SSHR o pedido já feito visa manter a segurança hídrica nos dois sistemas, que hoje operam se forma estável, segundo a pasta. O objetivo é manter a captação atual, podendo ser reduzida somente em caso de mudanças climáticas futuras.