A reorganização escolar nas rede estadual de ensino ainda gera dúvidas entre professores e pais de alunos. Eles reprovam a medida que será implantada em 2016. A lista das unidades que sofrerão mudanças foi divulgada na quarta-feira e quatro unidades escolares passarão para a Prefeitura de Mogi, o que causou revolta, pois milhares de alunos serão remanejados.
A Escola Estadual (EE) Professor Firmino Ladeira, no Mogi Moderno, atende cerca de 900 alunos entre o 6º e 9º ano do ensino fundamental e o 1º e 3º do médio. Alguns são atendidos em período integral, o que não vai mais acontecer com a reorganização. Essa unidade escolar será transformada em escola municipal a partir do ano que vem.
A professora Marilda Santos é contra a readequação, pois acredita que, dessa forma, a qualidade do ensino será prejudicada. "Hoje, temos oficinas de tecnologia e de qualidade de vida. E tudo que foi investido aqui será perdido?", questionou "Essa escola tem uma estrutura física muito grande e não temos salas ociosas", afirmou a professora que dá aula de ciências da Professor Firmino. "Não concordo com o fato de tirarem o ensino integral", avaliou.
O pai de três estudantes da mesma escola também é contrário a medida. "Cada um vai ficar em uma escola diferente. Vai gerar mais custos", avaliou o aposentado Cláudio César Chapinote, de 50 anos, que é pai das pequenas Camille, 11, Caroline, 13 e do adolescente Wendel, 14. "Aqui todos se dão bem e o ensino também é bom", avaliou a jovem Caroline.
A dona de casa Maria do Carmo, 40, mãe de Jeferson, que está no 7º ano, também ´´e contra. "Achei péssimo, pois vai tumutuar a escola Enedina, para onde meu filho será transferido", disse. "Acho que o espaço do outro prédio é ruim e ainda tem a questão da aceitação de quem já estuda lá", afirmou.
Uma funcionária da EE Aprígio de Oliveira, que pediu para ter a identidade preservada, diz que a reorganização é positiva. Ela acredita que, dessa forma, será possível melhorar a qualidade de ensino. A unidade, que já atende alunos do 6º ao 9º anos vai receber duas novas classes de outras escolas. "É importante separar os alunos pequenos dos maiores, pois os mais velhos acabam maltratando os menores", contou. "E ainda será possível atendê-lo melhor com as atividades e projetos voltadas para essa faixa etária".