O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes realiza uma semana de mobilização sobre a Campanha Salarial Unificada 2015. As assembleias começaram na capital e está prevista para ser realizada amanhã, em Mogi, na rua Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, na Vila Industrial. A possibilidade de iniciar uma greve até o final do mês é cogitada pela entidade e pela categoria.
"Estamos intensificando a grande mobilização para pressionar os patrões e buscar o aumento salarial e a manutenção das cláusulas sociais da convenção coletiva de trabalho", afirmou o presidente do sindicato, Miguel Torres. Segundo ele, o objetivo é que as negociações sejam retomadas. "Está tudo parado, não tivemos avanços, mas precisamos ser ouvidos", completou.
De acordo com o sindicato, a primeira assembleia regional foi realizada na semana passada, na zona sul da capital, e reuniu cerca de mil trabalhadores de várias empresas, que aprovaram ir à greve, se até o próximo dia 30 os patrões não apresentarem uma contraproposta salarial satisfatória. A assembleia decisiva de avaliação das contrapropostas patronais será no dia 28 de outubro, às 18 horas, na sede do sindicato (na rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, SP).
"A crise no Brasil não atinge apenas a indústria e os grandes centros, mas toda a sociedade e é fruto de uma junção de alguns fatores: aumento do desemprego, da inflação, dos juros, da falta de confiança no governo e da corrupção. E o mais preocupante é que não temos uma perspectiva de saída", acrescentou o presidente, ressaltando a importância da categoria em participar da mobilização.
Com data-base em 1º de novembro, a categoria reivindica reposição das perdas, aumento real, manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva. "Nossa proposta existem 102 itens que precisam ser discutidos. Sobre o aumento real que será pedido, nós vamos esperar o fechamento da inflação neste mês para definir o percentual", declarou Torres.
A campanha é unificada com outros 53 sindicatos de metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado e à Força Sindical e envolve cerca de 750 mil trabalhadores.