O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que a reorganização escolar é o sucateamento da educação e acredita que as salas ociosas deveriam ser usadas para distribuir os alunos e diminuir a superlotação nas salas de aula.
A professora Inês Paz, membro da Apeoesp, afirma que as alterações da rede de ensino não são a melhor forma de melhorar a Educação no Estado. Ela não concorda com a disponibilização das quatro escolas da cidade para a Prefeitura de Mogi das Cruzes. As unidades transferidas são as Escolas Professora Iracema Brasil de Siqueira, na Vila Áurea; Professora Sueli Oliveira Silva Martins, no Parque Morumbi; a Doutor Arlindo Aquino de Oliveira, na Vila Moraes; e a Professor Firmino LadeiraM no Mogi Moderno.
"A Apeoesp é contrária às mudanças. Isso não tem nada de pedagógico. Gostaríamos que fosse trabalhada a qualidade do ensino", destacou a Inês Paz. "Dou aula em uma escola com salas lotadas. Poderíamos fazer duas salas com menos alunos, usando as classes ociosas", sugeriu. A professora ainda destacou que as salas vazias também poderiam ser utilizadas para implantação de laboratórios e salas de informática, visando melhorar a qualidade de ensino.
"Na nossa avaliação, o Estado está sucateando a Educação". Inês acredita que as alterações na rede de ensino vai gerar a superlotação nas salas de aulas das demais escolas reorganizadas. "Dessa forma não terá investimento, o que gera o sucateamento".
Ontem, a Apeoesp fez uma manifestação na avenida Paulista, na capital, para mostrar a indignação. A professora Inês, que estava lá no momento em que falou com o Mogi News, em que havia milhares de pessoas, inclusive alunos e pais de alunos de Mogi e região participando do protesto. "O Estado quer fazer uma contenção de despesas, mas vai gerar demanda para a prefeitura, que vai usar os prédios", disse. "A pressão popular faz o Governo recuar, pois fechar uma escola é crime". (FF)