Caiu em 15,2% os valores comercializados pelas indústrias dos oito municípios do Alto Tietê que compõe a regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), com os demais países, entre os meses de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Vale lembrar que as cidades de Arujá e Santa Isabel pertencem à regional de Guarulhos.
Os dados são do próprio Ciesp, por meio do departamento de Relações Exteriores (Derex), e em colaboração com o Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon), a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O levantamento, feito a cada trimestre, revelou que durante o ano passado foram vendidos ao exterior
US$ 700 milhões, até o mês de setembro. Ao passo que neste ano, os produtos enviados aos demais países alcançou US$ 593 milhões em vendas.
Além da queda nas exportações, a região também experimentou diminuição nas importações, o que acabou equilibrando um pouco mais a balança comercial. Os dados apontam que a remessa de produtos internacionais enviados às industrias do Alto Tietê caíram 23,2%, passando dos US$ 1,28 bilhão do ano passado aos US$ 980 milhões deste ano.
Somando as duas situações, o Alto Tietê se mantém na 22ª posição entre as 39 regionais do Ciesp, também observada no semestre passado, mas duas posições inferiores ao primeiro semestre de 2014.
Para o diretor do Ciesp Alto Tietê, Francisco José Caseiro, a situação negativa das importações e exportações não gerou surpresas. "Como já era esperado, o desempenho em 2015 é pior do que o registrado em 2014. Essa queda significativa nas importações reflete diretamente a redução das atividades nas indústrias locais, já que elas utilizam insumos importados no processo de fabricação. Portanto, se estão importando menos é porque estão produzindo em menor escala ultimamente e também não estão investindo em equipamentos".
Quanto às exportações, especificamente, Caseiro informou que embora o dólar esteja alto, o cenário local não ajuda nas vendas de produtos para o exterior. "O dólar aumentou, favorecendo as empresas que atuam no mercado global, mas não o suficiente. As demais empresas, continuam impactadas pela situação interna, que é totalmente desfavorável e prejudica a competitividade frente a outros concorrentes do mercado global. A situação, no geral, está ruim para toda a indústria", conclui o dirigente.