A tarifa de energia elétrica sofrerá um reajuste de 15,37% para residências e pequenos comércios e 17,09% para empresas e indústrias a partir de amanhã.  De acordo com o diretor de Regulação da EDP Bandeirante, Donato Filho, em um ano, o valor cobrado pelo consumo cresceu 48%.
Em entrevista concedida na manhã de ontem, o diretor explicou porque a tarifa passou pelo segundo reajuste em 2015, pois em março já foi registrado um aumento tarifário extraordinário de 23% para consumidores residenciais. Segundo ele, as justificativas para esse novo acréscimo médio de 16,14% são a alta do dólar e a necessidade de efetuar o pagamento de empréstimos feitos pela empresa em 2014.
"Do total de energia que nós compramos, 20% é da Itaipú (usina hidrelétrica) e com a alta do dólar, o valor aumenta e nós precisamos fazer frente a essa nova realidade. Nós tivemos também empréstimos feitos no ano passado para cobrir custos com a compra em termoelétricas em função da crise hídrica no Estado e agora vamos começar a pagar esses empréstimos. Esses dois fatores refletem no custo final", explicou Donato Filho.
A EDP também informou a composição da tarifa de energia. A cada R$ 100 pagos na conta de luz, R$ 14 são destinados à EDP para cobrir custos de operação, manutenção e investimentos. Outros R$ 34,10 vão para a geradora da energia e
R$ 3,80 para pagar despesas de transmissão. Os encargos setoriais respondem por
R$ 23,80, enquanto os impostos e tributos ficam com R$ 24,30.
"Nesse aumento do dia 23, que é anual e sempre acontece em outubro, o custo da EDP não aumentou, mas cresceram os encargos setoriais, por exemplo", completou o diretor. Ainda segundo ele, o valor do quilowatt/hora em outubro de 2014 era
R$ 0,37 e hoje o custo é de R$ 0,55, o que configura um aumento de 48%.
Recomendações
Donato Filho aproveitou para pedir aos consumidores que evitem qualquer desperdício. "Diante desse quadro de reajuste, mais do que nunca é preciso usar a energia de forma responsável e eficiente. Pedimos também que todos aqueles que podem conseguir a tarifa social, que oferece desconto e até isenção para algumas pessoas, que exerçam seu direito e evitem pagar o valor consumido", completou.