Com vasos de flores na mão, muitas pessoas aproveitaram o clima de sol da manhã de ontem para adiantar a visita do feriado de Finados aos principais cemitérios de Suzano e Mogi das Cruzes e prestar uma homenagem aos amigos e entes queridos que já partiram.
Este é o caso da advogada Claudia Cunha, de 40 anos, que estava acompanhada da mãe, a comerciante Enir Cunha, 66. As duas anteciparam a ida ao cemitério São Sebastião, na Vila Figueira, no município de Suzano, para evitar o tumulto de amanhã. O local, que ficará aberto das 8 às 18 horas, passa por uma ação de combate ao mosquito Aedes Aegypti, com a proibição da entrada de vasos com embalagens de plástico ou celofane.
"Todos os anos optamos por visitar nossos amigos e familiares antecipadamente, porque o cemitério, no Dia de Finados, fica muito cheio. Chega a ser impossível andar na rua, já que fica tudo lotado de pessoas, carros e comerciantes. Infelizmente, com o passar do tempo, a data está ganhando um foco mais comercial e perdendo o seu principal significado que é a de homenagear aqueles que não estão mais entre nós", comenta Claudia.
A assistente financeira Cristiane Imamura, 36, também adiantou a visita ao cemitério São Salvador, no Parque Monte Líbano, em Mogi das Cruzes. Ela, que é morada de Salesópolis, estava atenta às medidas tomadas pelo Núcleo de Controle e Prevenção à Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde, em relação aos cuidados para evitar focos da dengue durante o período de visita ao local. "Todos os anos antecipo a minha visita ao cemitério e estou sempre atenta aos cuidados necessários para evitar que o focos de mosquito da dengue se proliferem. Retiro as embalagens dos vasos de flores quando as deixo no jazigo. Sei da importância da iniciativa", conta.
Vendas aquecidas
Em comparação ao ano passado, tanto em Mogi quanto em Suzano, as vendas de flores estão aquecidas. As mais procuradas são os crisântemos, disponíveis em várias cores. "As vendas estão aquecidas desde domingo passado, porque as pessoas já iniciaram as visitas no cemitério. A tendência é que a partir de amanhã vamos vender ainda mais. Temos um cuidado especial com as plantas comercializadas, já que seguimos a medida de Prefeitura que não permite a entrada de vasos com água e embalados com plástico", conta Regina Ito, 30, uma das proprietárias de uma floricultura localizada há 21 anos em frente ao cemitério São Sebastião.
De acordo com Lucas Yoshio Ohara, 23, que administra uma barraca de flores nas redondezas do cemitério São Salvador, as vendas também estão indo bem. "Em comparação ao ano passado, as vendas aumentaram bastante. O período de crise que o País está vivendo não está influenciando no bolso das pessoas, pelo menos nesta data. As flores mais procuradas são os crisântemos", finaliza.