Dados da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) mostram que a qualidade da água do Rio Tietê piorou em quase 70% dos 23 pontos de monitoramento, nos 1.100 km de extensão do principal rio paulista, entre a nascente em Salesópolis, no Alto Tietê, e a foz em Pereira Barreto, no interior.
Segundo o relatório, publicado em maio, o índice que mede a quantidade de poluentes no Tietê foi pior em 16 pontos em 2014, mais do que na média dos cinco anos anteriores. No trecho que atravessa a Grande São Paulo, "a qualidade diminuiu acentuadamente, variando entre ruim e péssima". Somente três pontos apresentaram melhora, em Biritiba-Mirim, na região de Mogi das Cruzes, e em Promissão, no interior.
Na região metropolitana, ainda há sete pontos classificados como "péssimos", entre Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus, onde há presença de metais, toxicidade, eutrofização e baixos níveis de oxigênio dissolvido. Segundo a Cetesb, a estiagem de 2014, a pior da região em décadas, "também refletiu em uma piora da qualidade do Tietê, principalmente no trecho mais poluído".