As alternativas apresentadas durante o "Fórum Mogi Pede Água" serão encaminhadas em forma de relatório para os órgãos governamentais.
O evento que ocorreu na noite de ontem reuniu cerca de 200 pessoas no auditório da 17ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi das Cruzes. O objetivo da iniciativa foi mobilizar a sociedade civil em busca de ações para combater a crise hídrica. Durante o evento, a idealizadora da organização Aliança pela Água, a arquiteta Marussia Whately, apresentou um aplicativo que mapeia os locais que sofrem com a falta de água.
O coordenador da Rede Nossa Mogi, professor Mário Sérgio de Moraes, ressaltou que a ideia do fórum é buscar informações junto à população. "Vamos mostrar uma série de ferramentas com alternativas para o problema da água. O principal é que muitos jovens estão participando. Iremos encaminhar estas informações para os órgão governamentais para uma possível parceria da sociedade civil com o mundo público", acrescentou.
Marussia esclareceu que a crise hídrica afeta a sociedade de uma maneira geral. "Este é um evento muito importante, pois mostra a mobilização da sociedade em relação a um tema fundamental no desenvolvimento econômico e sustentável da região", esclareceu.
Sobre o aplicativo "Tá Faltando Água" desenvolvido pela Aliança pela Água e disponível no site da organização, Marussia informou que todos os dados gerados pelo sistema serão encaminhados para órgãos das esferas estadual e federal. "Ele tem o objetivo de mapear os pontos de falta de água para, em um primeiro momento, criar uma ferramenta de denúncia. O compromisso é encaminhar estes dados para todos os responsáveis, como a Agência Nacional de Águas (ANA), ministérios do Meio Ambiente, Cidades e Saúde, além da Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) e prefeitos", disse.
O engenheiro José Roberto Kachel chamou a atenção para a possível consequência da crise para os próximos meses. "A solução para crise é a chuva. Com as chuvas inesperadas de setembro, acredito que teremos água até dezembro ou início de janeiro, isso se não chover e nada for feito", avaliou.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e prefeito de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva (PSD), afirmou que a população precisa se conscientizar sobre o problema.