Após anos de espera, o Centro Cultural de Mogi das Cruzes finalmente encontra-se em pleno funcionamento. A inauguração do prédio, no entanto, apesar de bastante comemorada, também dividiu opiniões entre os mogianos. Isso porque o espaço carece ainda de alguns ajustes referentes às questões de acessibilidade. A medida para que tais problemas sejam solucionados já encontram-se em andamento por parte da Prefeitura.
A principal reclamação, que gerou grande repercussão nas redes sociais e inclusive registro de queixas junto ao Ministério Público (MP), refere-se à ausência de elevadores ou rampas para que cadeirantes, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção possam acessar os demais andares do prédio.
Uma das ações protocoladas no MP é de autoria do gestor Alessandro Guedes, de 41 anos, que atua em defesa dos direitos das pessoas portadoras de necessidade. "O Centro Cultural sem dúvida é muito bem vindo. No entanto, não se pode esquecer das pessoas que possuem algum tipo de deficiência", disse.
Opinião semelhante foi manifestada pelo advogado José Assis, de 45 anos, que destaca que as pessoas com deficiência e os cadeirantes não podem ser privados de seus direitos. "Os artistas têm a necessidade de ter este espaço, mas, por outro lado, ele precisa ser para todos. Ao inaugurar o prédio sem a devida acessibilidade, a prefeitura priva o acesso de um idoso, ou de um cadeirante", ressalta.
Em nota, a Prefeitura destacou que o processo para a aquisição do elevador, que garantirá acessibilidade ao prédio, já está em andamento. Além disso, esclareceu que o equipamento não foi implantado durante o período das obras de reforma, porque a administração municipal aguardava que a autorização da compra fosse finalizada pela Anatel. Isso porque o imóvel é locado, o que inviabilizava, legalmente, a colocação do equipamento sem que haja a autorização para alterar a estrutura do prédio. "Tão logo esta anuência seja concedida, será aberta licitação, para aquisição e instalação do equipamento. A previsão, considerando os prazos normais de uma licitação, é que o elevador ( cujo valor estimado é de R$ 150 mil )seja instalado no início de 2016".
Por fim destacou que "todos os ambientes do Centro Cultural já foram concebidos prevendo a implantação de um elevador".