Amanhã de manhã, começarão a ser colocados os tapumes de isolamento no entorno da Praça Sacadura Cabral para o início da construção da passagem subterrânea que ligará a rua Dr. Ricardo Vilela à rua Hamilton da Silva e Costa. Este será o túnel 2, com previsão de entrega em setembro de 2016. Por ser uma obra que colocará fim à separação de duas grandes regiões da cidade, ela é considerada a principal intervenção de mobilidade urbana da história de Mogi - além de contar com o maior valor de investimento da administração municipal, num total de R$ 128,8 milhões. "Optamos pelo projeto mais complexo e com execução mais difícil, porém, ele também será o responsável por proporcionar o maior conjunto de melhorias", disse o prefeito Marco Bertaiolli (PSD). "A passagem subterrânea acabará com o gargalo no trânsito, permitindo o fluxo entre o centro e a região do Mogilar, e ao mesmo devolverá toda aquela área da cidade aos pedestres. Teremos três praças interligadas, com um projeto urbanístico que vai privilegiar os pedestres e que revitalizará toda aquela porção do centro. Além disso, as obras transcorrerão sem que os trens tenham que suspender sua circulação", afirma Bertaiolli. As praças a que o prefeito se refere são a Oswaldo Cruz, a própria Sacadura Cabral e um terceiro espaço formado pelo quarteirão entre as ruas Cabo Diogo Oliver, Hamilton da Silva e Costa e Engenheiro Gualberto, que se transformará em uma praça após o término das obras. A estação ferroviária da CPTM será reformada - com investimentos do governo do Estado - e o objetivo final é de que a área ganhe uma completa renovação urbana. Não há prazo de quando terá início a reforma da Sacadura. Pela complexidade da obra, a Prefeitura e o Consórcio Viário Mogi - formado pelas empresas Serveng e Engeform - trabalham para reduzir ao máximo os transtornos a comerciantes, moradores, pedestres e motoristas. "Manteremos um canal permanente de diálogo com os comerciantes e moradores daquela área, sempre com o objetivo de reduzir ao máximo os transtornos de uma obra deste porte. É evidente, porém, que todos teremos que ter paciência, pois uma intervenção assim exige mudanças no trânsito, no fluxo de pedestres e na própria rotina de todos", explica o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, João Francisco Chavedar. O túnel 2 terá 298 metros e ligará a rua Dr. Ricardo Vilela à Hamilton da Silva e Costa. Para este trabalho, serão desapropriados quatro imóveis localizados na margem esquerda da rua Hamilton da Silva e Costa, até o cruzamento com a rua Engenheiro Gualberto. O posto de gasolina localizado na quina do quarteirão - que também passa por desapropriação - vai funcionar como uma base de trabalho do consórcio responsável pela obra. Outro imóvel, localizado na esquina entre a Hamilton Silva e Costa e Engenheiro Gualberto, do lado direito, também será desapropriado futuramente, para permitir a saída do primeiro túnel que terá extensão de 426 metros e ligará a Cabo Diogo à avenida Governador Adhemar de Barros. A previsão é de que esteja concluído em dezembro de 2017.