A Guarda Civil Municipal (GCM) de Ferraz de Vasconcelos flagrou mais um despejo irregular na manhã de ontem em uma área privada medindo mais de 11 mil metros quadrados, que fica na avenida dos Autonomistas, no Jardim Santiago, na região da Vila São Paulo. Na ocasião, a GCM apreendeu dois caminhões carregados com mais de 20 toneladas de restos da construção civil, possivelmente, da capital paulista. Além disso, foi encontrado no local uma máquina esteira que estava sendo usada no suposto crime ambiental. 
Representantes da empresa DRA Recuperação Ambiental LTDA foram conduzidos até a delegacia central, no Parque Dourado, para que fosse lavrado um boletim de ocorrência. Antes, porém, o secretário da Administração que também responde pela pasta da Segurança Pública, Arnaldo Antunes de Souza, o comandante-geral da GCM, Cleverson Ramos e o presidente da Câmara, Roberto Antunes de Souza (PMDB) participaram, diretamente, das diligências, ou seja, acompanharam in loco o momento do flagrante. 
No local, os responsáveis pela empresa DRA Recuperação Ambiental afirmaram que estariam executando a obra de contenção de talude para permitir a abertura de uma via pública interligando a Avenida dos Autonomistas com a avenida Ibrahim Tânios Abi Chedid. Para tanto, eles apresentaram autorização da municipalidade, porém, a validade da documentação de 180 dias encontra-se vencida. Além de a papelada estar fora de prazo, o material usado na edificação do muro contenção de talude não condizia com o previsto no processo de autorização, ou seja, não poderia ser de resíduos da construção civil. Além disso, o pessoal da firma não tinha em mãos nenhum documento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Enfim, por estar ilegal perante as autoridades locais e estaduais, a obra fora, preliminarmente, embargada.
Acionado, o prefeito da cidade, Acir Filló dos Santos (PSDB), e, posteriormente, o secretário do Verde e Meio Ambiente, José Valverde Machado Filho, compareceram ao local do despejo ilegal. Para Filló, os responsáveis precisam ser punidos no rigor da lei. "Na realidade, é muito importante deixar claro que em nosso município existe tolerância zero contra os chamados bota-foras", destaca Filló.