Com a alta do dólar, que ontem era cotado a R$ 3,50, comerciantes de produtos importados, em Mogi das Cruzes e cidades da região buscam alternativas para manter as vendas e evitar prejuízos. Pesquisa de preços, troca de fornecedores e a troca de importados por nacionais são algumas das medidas adotadas por aqueles que visam não ter queda na lucratividade.
De acordo com Ana Zeferino, proprietária de um empório e restaurante, localizado na praça Norival Tavares, no Parque Monte Líbano, em Mogi, a substituição de produtos importados por nacionais é uma das medidas que vem apresentando resultados positivos nas vendas. "O perfil do cliente mudou um pouco do ano passado para cá, então nossa preocupação é em disponibilizar mercadorias com ótimos preços, mas que também sejam de qualidade. Para isso, temos trabalhado com produtos gourmet, vinhos e espumantes nacionais. Está havendo uma aceitação muito boa por parte dos clientes, pois isso apresenta um custo benefício melhor e está satisfazendo a todos", disse.
Segundo ela, a preocupação de que o dólar continue a subir fez com que as compras para o estoque de fim de ano fossem antecipadas. "As importadoras estão aumentando os preços a cada 40 dias, e até mesmo os produtos que ficam parados no porto já chegam sobretaxados pra gente. Do início do ano para cá, alguns produtos tiveram aumento entre 15 e 20%. Por isso, já estamos trabalhando com o estoque de fim de ano, principalmente por conta da incerteza de saber quanto o dólar vai estar até lá", comentou.
A preocupação é a mesma em uma loja de bebidas instalada na avenida Capitão Manoel Rudge, na Vila Oliveira, também em Mogi. Segundo o gerente Alex Vasconcelos, por conta da supervalorização da moeda norte americana, alguns produtos comercializados no estabelecimento já tiveram o preço elevado em até 20%. "O mercado tem uma variedade muito grande de produtos, então temos buscado aquilo que tem melhor preço, além de reduzir a margem de lucro, pois se não a gente acaba perdendo mercado", comentou. "Para o fim do ano, a gente vai precisar garimpar bastante para não ter que repassar aumentos para os produtos, pois isso com certeza prejudica bastante a venda".