Dados do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região apontam que, desde janeiro, 92 postos de trabalho foram fechados pelas agências bancárias que operam no Alto Tietê. O montante inclui as demissões ocorridas até o momento, nas cinco cidades que compõe a base de atuação da entidade, sendo elas Mogi, Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis.
De acordo com a diretora de Imprensa do Sindicato, Regina Cardoso Siqueira, o número de demissões é 20% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. "O número de demissões que tivemos até o momento já é considerado alto, levando em conta a base de atuação do sindicato, que hoje abrange cerca de 1,4 mil bancários. Mas, infelizmente essa não é uma realidade de agora, pois a cada ano que passa o número de demissões aumenta", disse.
Regina destacou que o fechamento dos postos de trabalho não possui nenhuma ligação com a crise econômica vivenciada pelo País e que impacta em diversos setores. "A crise econômica não atinge o setor financeiro, pois os bancos estão lucrando cada vez mais. Eles estão demitindo, apoiam a terceirização dos serviços e estão querendo extinguir a categoria dos bancários. A a única justificativa para estas demissões é a ganância pelo capital. Para se ter noção, neste primeiro semestre, os cinco grandes bancos lucraram mais de R$ 29 bilhões", comentou.
Ela ressaltou, ainda, que a situação vivenciada no Alto Tietê não é diferente do cenário nacional. "Entre janeiro e julho deste ano, 5.864 postos de trabalho foram fechados pelos bancos que operam no Brasil. Ou seja, essas demissões crescentes é uma questão que ocorre em todo o País", destacou.
Por fim, comentou que a Campanha Nacional Unificada, lançada na semana passada, também aborda a questão dos empregos. "Estamos em plena campanha, e já na primeira rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Feban) discutimos justamente essa questão das demissões, expondo que o número de postos de trabalhos fechados é bastante expressivo", concluiu.