Mesmo tendo oficializado a crise hídrica no Alto Tietê na semana passada, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que não há nenhuma previsão de rodízio de água na região. A aposta do governo do Estado para melhorar a situação é a entrega, confirmada para setembro, da obra de interligação do rio Grande com a represa de Taiçupeba, em Suzano.
"Essa é a boa notícia, a obra está dentro do cronograma e a entrega acontecerá agora, no próximo mês. Será feita a transferência de 4 mil metros cúbicos de água por segundo para Taiaçupeba", explicou. "Não há nenhuma previsão de rodízio", completou.
O investimento da Sabesp na obra é de aproximadamente R$ 130 milhões. Inclui a instalação de bombas para transportar a água 80 metros acima, superando o morro que divide a região do ABC (onde fica o Sistema Rio Grande) de Suzano (no Alto Tietê). Conta com duas adutoras paralelas, cada uma com diâmetro de 1.200 milímetros. Elas vão levar a água por quase 11 quilômetros até o córrego Taiaçupeba-Mirim. Por esse curso d'água o volume avançará mais 11 quilômetros, chegando até a represa Taiaçupeba, onde fica a estação de tratamento de água do Sistema Alto Tietê.
Sobre a captação de água do rio Guaió, em Suzano, que tem sido menor em função da estiagem, Alckmin explicou. "O que passamos de água do Guaió foi bastante, mas nós informamos que seria transferido mil metros cúbicos por segundo em média. É claro que no inverno é menos e no verão é mais que isso".
Em 28 de junho, ele esteve em Suzano para fazer a entrega da obra de captação e disse que o volume retirado do rio Guaió é capaz de abastecer uma cidade como Mogi das Cruzes e que o rodízio no abastecimento de água na Região Metropolitana estava descartado durante os meses de seca, que devem seguir até pelo menos outubro.