O presidente Donald Trump disse nesse domingo (16) que os Estados Unidos podem iniciar conversações com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que enfrenta pressão cada vez maior de Washington em meio a um forte reforço militar no Caribe. Esse foi um dos primeiros sinais de um possível caminho para acalmar a situação tensa na região, à medida que os EUA realizam campanha de ataques mortais contra barcos suspeitos de tráfico de drogas na costa venezuelana e no leste do Oceano Pacífico. "Talvez tenhamos algumas conversas com Maduro, e veremos como isso vai se desenrolar", disse Trump ontem a repórteres em West Palm Beach, na Flórida, antes de embarcar de volta para Washington. "Eles gostariam de conversar." Trump não forneceu mais detalhes sobre a possibilidade de conversações com Maduro, a quem os EUA acusam de ligações com o comércio ilegal de drogas, o que o presidente venezuelano nega. Autoridades graduadas do governo Trump realizaram três reuniões na Casa Branca na semana, passada, para discutir opções de possíveis operações militares contra a Venezuela, incluindo ataques terrestres dentro do país, disseram autoridades, sob condição de anonimato. Trump afirmou, na sexta-feira (14), que "meio que se decidiu" sobre a Venezuela, sugerindo que uma decisão pode vir em breve. O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as últimas falas de Trump. *(Reportagem adicional de Daphne Psaledakis) *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Lula propôs ser interlocutor entre EUA e Venezuela, diz chanceler Maduro: Venezuela tem 5 mil mísseis antiaéreos para enfrentar EUA Maduro: assédio contra Venezuela é oportunidade para reforçar defesa