A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) recebeu 252.596 inscrições para vagas reservadas às cotas de pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência (PCD). O CNU 2025 é o primeiro concurso a aplicar integralmente os percentuais da nova Lei de Cotas (nº 15.142/2025), que aumenta a reserva de vagas para cotas em concursos públicos para 30%, sendo 25% para pessoas negras (pretas e pardas), 3% para pessoas indígenas e 2% para quilombolas. A norma também vale para a reserva de vagas dos concursos públicos e para aquelas que vierem a ser criadas durante o prazo de validade do Concurso Público Nacional Unificado. De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a iniciativa “fortalece a diversidade nos quadros da administração pública e promove uma seleção mais equitativa, com representatividade social e territorial.” Cotistas No chamado Enem dos Concursos, as candidaturas de pessoas autodeclaradas negras somam 210.882 – o equivalente a 27,7% dos mais de 760 mil inscritos, em 4.951 municípios. Na primeira edição do CNU, o número de pessoas negras inscritas foi 20%. O maior número de inscrições de pessoas negras foi registrado no bloco temático 9, de regulação (51.515 inscritos), seguido pelos de administração (47.609) e seguridade social (34.351). As pessoas que optaram por concorrer às vagas reservadas a indígenas representam 0,87% do total de candidatos (6.657 inscritos no total). A maior concentração de inscrições ocorreu no bloco 9 – regulação (intermediário), com 1.567 registros. Entre as pessoas com deficiência – que têm reserva de vagas garantida pela lei 8.112/90 – foram registradas 30.053 inscrições, 3,9% do total de inscritos. O bloco 5 (administração) concentrou o maior número de inscrições entre as PCDs (7.819). Confira os dados detalhados por grupo de vagas ofertadas no CNU 2. Participação feminina Com 60% de inscrições de mulheres confirmadas, a organização do concurso adotou o critério de paridade de gênero na prova discursiva para promover a ampliação da participação feminina no serviço público. O Ministério da Gestão estabeleceu que o certame vai buscar equilibrar o percentual de mulheres classificadas para a fase 2 do CNU, das provas discursivas. De acordo com o edital do CNU 2025, sempre que for verificado o percentual menor do que 50% em cada cargo/especialidade e em cada modalidade de concorrência de vagas, serão classificadas candidatas mulheres até que seja alcançada a equiparação do percentual de ambos os sexos, desde que estas mulheres que não tenham sido eliminadas da fase 1 (provas objetivas) por baixo desempenho. O edital também prevê condições de atendimento especializado para candidatas gestantes e lactantes de crianças com até seis meses de idade, além de outros recursos de acessibilidade nos dias de prova, como concessão de tempo adicional de 60 minutos para a realização das provas. CNU A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado oferta 3.652 vagas para 32 órgãos, com provas aplicadas em dois dias, em 218 municípios de todo o país. A primeira fase ocorrerá em 5 de outubro. Os candidatos habilitados nesta primeira etapa e convocados para fazer as discursivas farão a segunda fase em 7 de dezembro. Do total de vagas do CNU 2025, 3.144 são de nível superior e 508 de nível intermediário. O MGI prevê a convocação imediata dos aprovados em 2.480 vagas e outras 1.172 vagas são para preenchimento no curto prazo, após a homologação dos resultados​.  Relacionadas AGU pede ao Google retirada de sites falsos do CNU 2025 CNU 2025 registra mais de 760 mil inscrições em 4.951 municípios Inscrições do CNU 2025 podem ser pagas via PagTesouro