As chuvas de monções no noroeste do Paquistão causaram mais dez mortes nas últimas horas, elevando o número de mortos para 798. Mais chuvas estão previstas para hoje.  A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) informou, em relatório divulgado nesse domingo (24)à noite, informou que as últimas dez mortes ocorreram na província de Khyber Pakhtunkhwa (KP), no noroeste do país, entre sábado e o meio-dia de ontem. Durante esse período, 56 pessoas ficaram feridas, segundo a NDMA. O maior número de mortes nas últimas semanas ocorreu na região montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, com 408 registradas, embora tenham ocorrido em todas as províncias. O Departamento Meteorológico do Paquistão (PMD) alertou para a possibilidade de ocorrerem hoje chuvas fortes e deslizamentos de terra em várias partes do país. Entretanto, a Divisão de Previsão de Inundações do Paquistão (FFD) alertou ontem para a possibilidade de os rios Chenab e Indo atingirem níveis elevados nas próximas 24 horas. O FFD acrescentou que o Rio Sutlej, na área da barragem de Ganda Singh Wala, permanecerá com níveis de inundação elevados, sujeito a fugas de reservatórios indianos. Em Gilgit-Baltistan, um deslizamento de terras desceu sobre o canal principal do Rio Ghizer na sexta-feira (22), criando um lago de sete quilômetros. A NDMA informou que o bloqueio criou estrutura semelhante a uma barragem, representando risco significativo de ruptura e desencadeando inundações potencialmente catastróficas. Até agora, nenhum dano foi relatado ao novo lago. As fortes chuvas devem continuar até 10 de setembro, segundo as autoridades. O Paquistão é um dos países mais vulneráveis do mundo a eventos climáticos extremos. Em 2022, as chuvas e as inundações fizeram 1.700 mortos. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Chuvas deixam quase 400 mortos no Paquistão desde quinta-feira