Avanços na educação e a reformulação do Bolsa Família no início de 2023 estão fazendo com que a diminuição da fome no país passe a ocorrer de forma mais permanente e definitiva, com menos risco de oscilações. A análise é do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. O Brasil voltou a figurar, desde a última segunda-feira (28), fora do Mapa da Fome, um indicador global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura que identifica países em que mais de 2,5% da população sofrem de subalimentação grave. A classificação levou em conta dados de 2022 a 2024. No entanto, o país já havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas voltou no triênio 2019 a 2021. “Agora, quando alguém entra [no novo Bolsa Família], nunca mais volta para fome e para miséria. Por que eu posso dizer isso? Porque quando ele começa a trabalhar, se a renda não tirar da pobreza, ainda é possível receber o Bolsa Família e receber a renda”, disse o ministro em entrevista à Agência Brasil, após evento, nesta quinta-feira (31), na empresa Atento, na zona Sul da capital paulista. “E se a renda cresce e a família sai do limite da pobreza, ele ainda pode ficar um ano recebendo 50% do Bolsa Família. E quando sai do Bolsa Família, porque superou a pobreza, ele não sai do cadastro. No dia que perder o emprego, venceu o aviso prévio, já volta para o Bolsa Família”, acrescentou. Segundo o ministro, além da reformulação do programa, a educação também tem sido uma porta de saída da miséria. “Está comprovado que educação tem esse papel. A cada ano, a gente acompanha com muito carinho a população do Bolsa Família, cerca de um milhão e meio estão no ensino técnico e ensino superior, e essa tem sido a principal porta para não só sair da fome, mas sair da pobreza, e ir para a classe média”, disse o ministro. Protocolo O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) assinou um protocolo de intenções com a Atento, empresa de contact center e terceirização de processos de negócios. A parceria foca na oferta de vagas de emprego para as pessoas inscritas no CadÚnico. A ação faz parte do programa Acredita no Primeiro Passo, instituído em 2024, que promove a inclusão socioeconômica de pessoas em situação de vulnerabilidade inscritas no CadÚnico com foco especial em mulheres, jovens, negros, pessoas com deficiência e comunidades tradicionais ou ribeirinhas. Relacionadas Com país fora do Mapa da Fome, Lula diz ser homem mais feliz do mundo  Ações do governo contribuíram para saída do Mapa da Fome, diz ministro Brasil sai do Mapa da Fome, indica relatório da ONU