Toda atriz precisa de um grande papel para se firmar na carreira. No caso de Flavia Alessandra, intérprete da obsessiva Sandra de "Êta Mundo Bom!", foi a não menos malvada Cristina, de "Alma Gêmea", que injetou ânimo e versatilidade ao seu currículo. Em comum, além de vilãs, ambas as personagens foram criadas por Walcyr Carrasco, um dos novelistas que mais apostaram e instigaram o talento de Flávia nos últimos anos. "Eu estava com saudade de fazer vilã. Há 10 anos não fazia. Mas gosto de personagens diferentes. Esse é o barato da nossa profissão".
Natural de Arraial do Cabo, Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, Flávia está na tevê desde 1989, quando estreou em "Top Model". A atriz conquistou o papel num concurso promovido pelo "Domingão do Faustão". Ela conta que levou um tempo até acreditar que poderia sobreviver da profissão de atriz. Formada em Direito, ainda ficou cerca de dez anos pagando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Até que minha ficha caiu, vi que tinha dado certo e era um caminho sem volta", conta.
A preocupação em manter um "plano B" até onde foi possível, Flávia credita à sua criação. "Meus pais foram rigorosos. Meu pai levantava a bandeira de mulher independente, que eu buscasse minha vida", recorda. ("Êta Mundo Bom!", Globo. De segunda-feira a sábado, às 18h30).