Alexandra Richter é o tipo de pessoa que "veste a camisa" do trabalho. No ar em "A Regra do Jogo", a atriz defende a inescrupulosa Dalila. A personagem está inserida no núcleo da família de Feliciano, interpretado por Marcos Caruso, e tenta levar uma vida de luxo sem precisar se mexer muito. "Ela é mais sem noção do que má. Fica buscando maneiras de sempre se dar bem", avalia.
Por fazer parte de um dos poucos respiros cômicos do folhetim, Alexandra acredita que os desvios de caráter de Dalila são perdoados. "Acho engraçado como o humor suaviza as coisas. A personagem tem uma excelente aceitação do público. Sempre me falam que a gente deveria aparecer mais", jura a atriz, que grava apenas uma ou duas vezes por semana. "Temos sempre uma cena no final do capítulo", conta, dizendo que o ritmo mais tranquilo de trabalho possibilitou que o núcleo tivesse um tempo maior de preparação. "Chegamos mais cedo para bater o texto e isso agiliza muito nosso trabalho", explica.
Natural do Rio de Janeiro, Alexandra demorou para se jogar no mundo das Artes Cênicas. Artista plástica desde os 14 anos, ela começou a estudar Artes Cênicas aos 24. "Cria" do teatro, foi descoberta pelo diretor Maurício Sherman quando estava em cartaz com o espetáculo "A Loira na Lua". "Ele me convidou para participar do 'Zorra Total' e estou contratada até hoje", relembra.
De lá para cá, a atriz já esteve em folhetins como "Passione", "Cheias de Charme" e "Boogie Oogie", sempre dividindo sua carreira na tevê com sua trajetórias nos palcos. "Preciso voltar sempre para o teatro para me encontrar e me reinventar. Mas é bom fazer papéis seguidos na tevê também. É sinal de que estão gostando", comemora. Além do teatro e da tevê, Alexandra se dedica ao cinema. No próximo ano, vai rodar "Minha Mãe é Uma Peça 2" e "A História de Nós Dois", baseado na peça homônima também interpretada pela atriz. ("A Regra do Jogo", Globo. De segunda-feira a sábado, às 21h20).