Diz a máxima que nada se cria, tudo se transforma. Na tevê, o ditado é cada vez mais comum. Entre reprises e novos produtos, o que mais se vê são releituras de produtos que já fizeram sucesso, sejam eles de origem brasileira ou estrangeira. Entre os canais abertos, repetir novelas e séries é uma saída simples para preencher "buracos" na programação.
Na tevê a cabo, porém, existe a obrigação de exibir conteúdos nacionais - segundo a Lei da TV Paga, que visa abrir o mercado para novos e pequenos competidores, é obrigatório transmitir em média três horas diárias de conteúdos nacionais independentes e inéditos. Por isso, nos últimos dois anos, houve uma corrida maior na busca por projetos que se encaixassem no orçamento de cada canal. 
Os quatro principais canais de tevê aberta - Globo, Record, SBT e Band - têm uma ligação muito forte com as reprises. Enquanto as duas primeiras optam por reproduzir conteúdos gerados por elas mesmas, as duas últimas escolhem opções estrangeiras. Na Globo, o "Rei do Gado" foi recentemente reexibida pela segunda vez. 
A Band, sem exibir novelas desde 2008, fez um teste. Após a boa repercussão de "Mil e Uma Noites" e "Fatmagul", a emissora pretende voltar a produzir folhetins em 2017. O SBT, exclusivamente focado para as tramas próprias infantis, segue seu "modus operandi" de reproduzir novelas mexicanas durante as tardes. Já a Record não quis perder tempo, e para aproveitar o sucesso de "Os Dez Mandamentos". Entre uma temporada e outra do folhetim, reprisa a minissérie "Rei Davi", e depois, "José do Egito". (T.P.)