Para seduzir a audiência masculina, diversificar um pouco sua própria obra ou, simplesmente, seguir com sua assinatura, alguns novelistas destacam homens como protagonista de suas tramas. A tática é famosa no currículo de autores do quilate de Dias Gomes, Benedito Ruy Barbosa e Lauro César Muniz. No entanto, profissionais famosos por terem mulheres como base de suas novelas começaram a usar a força masculina em seus trabalhos recentes.
Depois de se tornar conhecido pelas disputas femininas, na atual "A Regra do Jogo", João Emanuel Carneiro surpreende ao colocar no centro de seu folhetim a figura do anti-herói Romero Rômulo, de Alexandre Nero. O esquema experimentado por Carneiro na atual novela das nove se assemelha ao ímpeto de criatividade vivido por Aguinaldo Silva em tramas como "Duas Caras", de 2007, e, sobretudo, na recente "Império", de 2014. Para o autor, as produções foram importantes, não só para renovar seu repertório como criador, mas também para salvar sua carreira, que, segundo o próprio, estava chegando ao esgotamento. 
Na Record, são os protagonistas homens que estão reativando a teledramaturgia. Todos eles têm o contexto bíblico. Primeiro, nas séries "Rei Davi" e "José do Egito". E agora com a saga de Moisés em "Os Dez Mandamentos". "É um filão cheio de histórias muito interessantes", exalta a autora da novela, Vívian de Oliveira.