O bombeiro civil José Nunes de Souza, de 40 anos, foi preso em flagrante, anteontem em São Paulo, pelo homicídio da esposa Rita de Cássia de Jesus Pimentel, 39, na madrugada do domingo. A vítima foi morta na casa em que viviam na rua Epitácio Pessoa, no Jardim Itapuã, em Itaquaquecetuba. O casal, conforme declarações do próprio acusado à polícia, estava junto há 15 anos e tem três filhos de 15, 4 e 2 anos.
Rita foi assassinada logo após uma discussão com o marido, que teria disparado quatro vezes contra ela, acertando-a na região do peito e na cabeça. O corpo dela foi encontrado pela polícia na cozinha da residência. A arma usada no crime, um revólver calibre 38, foi localizada pelos policiais da capital e apreendida para exames periciais.
Segundo as informações preliminares da perícia, a vítima apresentava ao menos duas perfurações visíveis no corpo, sendo que possuía também lesões de defesa nas mãos, bem como resquícios de pólvora, indicando que ela tentou reagir diante da ação do agressor.
Um familiar do acusado, que mora próximo ao casal, disse à polícia que as discussões eram constantes entre eles e que já havia aconselhado a mulher a se separar. No dia do crime, após ouvir quatro estampidos, ele viu o suspeito saindo do imóvel "cantando pneu" com o carro, um Escort vermelho. Em seguida, verificou que a vítima tinha sido baleada e chamou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Souza, o bombeiro civil, foi preso horas depois, logo após ser acompanhado pela PM, que avistou o veículo envolvido na ação criminosa passando pelo Projeto Radar na avenida Otaviano Alves de Lima, no bairro do Limão, em São Paulo. Ele foi abordado em um posto de combustíveis da via. Nos bolsos do casaco dele estavam a arma e as cápsulas deflagradas e íntegras.
Em depoimento, ele alegou que, minutos antes do assassinato, discutiu com a esposa e foi para um bar beber. Quando retornou para a casa, ela não o teria deixado entrar e ele pulou o muro, machucando o pé. Ele disse ainda que pegou a arma na garagem e quando a discussão recomeçou, efetuou um disparo sem atingi-la; instante em que ela tentou tirar o revólver da mão dele e foi baleada. O homem preso contou estar arrependido.