O sucesso de uma empresa não se mede apenas pelo lucro, mas também pela responsabilidade social de cada organização. Uma nova métrica, os indicadores de impacto (ESG), ganham força ao avaliar o desempenho ambiental, social e de governança de um negócio. O pilar Ambiental (E) foca no planeta, o Social (S) nas pessoas e a Governança (G) na ética e transparência da gestão. É uma resposta global por um capitalismo mais consciente, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
No Brasil, a bolsa de valores (B3) criou, em 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). O ISE seleciona empresas com as melhores práticas ESG, como Ambev, Itaú Unibanco e Natura. Esse índice serve como guia para investidores que buscam negócios resilientes e com boa reputação. Fazer parte do índice atrai capital e fortalece a marca da companhia.
Em Mogi das Cruzes, a agenda ESG já é uma realidade. A Petrom, por exemplo, reutiliza 100% da água de seu processo industrial com o programa "Efluente Zero", protegendo os rios locais. Já a Kimberly-Clark mantém um centro socioambiental que recupera a Mata Atlântica e oferece educação ambiental para crianças da rede pública. Além dessas empresas, há diversas outras que apoiam a comunidade em que estão inseridas, seja com cursos profissionalizantes para formação de mão de obra, investimento em educação, empreendedorismo, entre outros.
Essa transformação mostra que gerar valor social é tão vital quanto o lucro. Para o empresário mogiano, a jornada ESG pode começar com ações simples, como otimizar o uso de recursos e valorizar fornecedores locais. Para o cidadão, o poder está na escolha ao consumir de marcas responsáveis, ajudando a construir uma economia mais justa e sustentável.
*Juliana Bertin é cofundadora Soulcial, gerontóloga com mestrado em engenharia urbana pela UFSCar e multiplicadora do Sistema B. Está envolvida em diversos trabalhos sociais, como voluntária e idealizadora. Redes sociais: @somossoulcial @jubertin1