Depois dos esperados dias de folga do Carnaval, que para muitos terminaram apenas depois do meio-dia de ontem (5), voltamos a rotina diária, com os mesmos desafios. É comum dizermos que o ano começa agora, passados os dias de folia, e talvez seja verdade, e é tempo de arregaçar as mangas para não apenas apontarmos os problemas, que são muitos, mas também fazermos parte das soluções, participando ativamente dos debates das cidades.
Um dos desafios deste ano é o risco de uma nova epidemia de dengue na região, como já acontece em outras localidades do Estado. O Governo de SP vem fazendo um alerta importante, destacando a cobertura da vacina contra a dengue em várias regiões do Estado. No Alto Tietê, apenas Arujá aplicou a primeira dose em mais de 60% do público-alvo, de 10 a 14 anos. Os números são ainda menores para a segunda dose necessária para completar o esquema vacinal, estando em torno de 20% em praticamente todas as cidades da região.
Os números são preocupantes uma vez que a vacina é um importante aliado na prevenção da doença. Se é o que temos disponível, mesmo que para apenas um pequeno grupo etário, é importante que a população seja aderente à imunização. Muito embora o que estamos vivenciando nos últimos anos é um desapego pelo Programa Nacional de Imunização, considerado um dos mais completos do mundo, com acesso gratuito a diversas vacinas que já foram responsáveis por erradicar doenças que eram uma preocupação nacional.
Sem a vacinação, colocamos em risco não apenas aqueles que não recebem as doses, como também a comunidade que fica exposta a pessoas possivelmente contaminadas. Esta é uma decisão individual certamente, mas com grande impacto no coletivo, como a maioria das ações que tomamos. Vale a reflexão, e fortalecer a certeza que a prevenção é sempre o melhor remédio.
Vacinar é preciso, contra a dengue e contra outras doenças, assim como adotar as recomendações preventivas das autoridades de saúde. É preciso que cada um faça a sua parte, buscando o melhor para todos.