Claro que toda a comemoração é bem-vinda, trazendo momentos de alegria e diversão para os pequenos.  
Por outro lado, é preciso mais reforçar o acolhimento e as ações, principalmente voltadas às crianças que vivem em situação de vulnerabilidade e nem sempre têm acesso à qualidade merecida nos mais diversos tipos de serviços. 

A educação, embora tenha importantes avanços, por vezes ainda enfrenta desafios para oferecer o mínimo aos estudantes, que sofrem com falta de professores e com a estrutura precária de algumas escolas. Problemas que não são desta ou daquela cidade especificamente, mas de todo país, e que se repetem com uma frequência que ninguém gostaria. 

Vale ressaltar aqui, algo que ainda persiste e fortaleceu o abismo entre as escolas públicas e privadas, que é a defasagem de aprendizado deixada pela pandemia de Covid-19. Nem todos tiveram acesso aos recursos para o ensino on-line, e por mais que se valorize os esforços pontuais de alguns professores e equipes gestoras, o que já era deficitário, se agravou. 

Também na saúde, centros especializados foram sendo criados nos últimos anos, mas com foco especialmente no atendimento de urgência e emergência. Nem todos têm acesso à devida promoção da saúde, ao devido acompanhamento ambulatorial desde o nascimento e até mesmo antes dele, ainda no pré-natal. 

Há muito a ser feito pelas crianças de hoje e por aquelas que ainda virão. E para um futuro de oportunidades para todas elas, como sempre reforçamos aqui, é necessária uma união de esforços do poder público e da iniciativa privada. Temos que ter políticas públicas eficientes e o fortalecimento das organização sociais que já fazem um trabalho de extrema qualidade no acolhimento dessas crianças.