Nos últimos dias temos destacado o perfil dos candidatos ao Executivo e Legislativo em cidades da região. O número de homens concorrendo supera o de mulheres. Claro que o critério para a escolha de um candidato não deve ser seu gênero, mas sim suas propostas, mas é preciso que todos tenham lugar de fala e possam se posicionar, apresentar suas demandas e trabalhar para que elas sejam efetivadas. 

Estar nos diferentes espaços também é um desafio para quem sempre foi classificado como minoria, embora representem milhares, como as pessoas LGBT+ e negros, por exemplo. Vivemos outros tempos, mas ainda assim temos muito a avançar. 

Na edição de hoje, destacamos um grupo de mulheres eletricistas, que pela primeira vez, participou do rodeio promovido pela EDP, distribuidora de energia da região. O rodeio é na verdade uma competição sobre o dia a dia, com equipamento de proteção individual e atividades que tratam do trabalho na rede elétrica das cidades. No caso das concorrentes, Mogi das Cruzes, Poá e Guarulhos. 

Essas mulheres que trabalharam e trabalham arduamente para conquistar seu espaço em uma área tipicamente masculina, se sobressaíram na competição e vão disputar uma próxima etapa com outras distribuidoras do país. Uma delas afirmou para nossa reportagem que a delicadeza é um dos traços, mas elas também têm a força para alcançar seus objetivos. 

Assim são as milhões de mulheres pelo nosso país, muitas delas responsáveis por famílias inteiras, garantindo, de maneira solo, o sustento e a educação de seus filhos, e por vezes, também dos netos. São gerações de mulheres que se desdobram para alçar novos voos, que serão ainda maiores com aquelas que virão depois delas novamente. 

Parece distante, mas não faz tanto tempo assim, que a mulher não podia votar, ou até mesmo era impedida de jogar futebol, e ainda hoje são vítimas de violência, causada por vezes por aqueles com quem um dia se propuseram a compartilhar suas vidas. Há muito a ser feito, e muito já foi conquistado. A caminhada, porém, ainda é desafiadora.