Ao nascer tudo é novo para o bebê, todas emoções e sensações são desconhecidas e muitas vezes desconfortáveis. Os primeiros meses de vida são os mais importantes para o desenvolvimento do cérebro. É nessa fase que as sinapses e as conexões entre os neurônios  começam a se formar. Quanto mais estímulos o bebê receber, mais conexões serão criadas.


Os estímulos são as brincadeiras com os adultos, olhar para livros ilustrados, escutar histórias e músicas, manipular brinquedos e objetos. Esse conjunto de informações irá ajudar o bebê a desenvolver suas habilidades motoras, cognitivas e de linguagem.


À medida que os bebês chegam aos quatro ou cinco meses de idade, tornam-se mais ativos e inquietos. É nesta altura que começam a rolar sobre o chão, sentar sozinhos e agarrar objetos, explorando todos os movimentos importantes que lhes permitem a interação com o mundo à sua volta. 


Neste estágio do desenvolvimento infantil é importante fornecer um ambiente seguro para que ele possa se apoiar e cair sem se machucar e experimentar estes movimentos novamente e de novo sem problemas. Ofereça brinquedos leves para agarrar, jogar e que tenham algum tipo de som quando manipulados, para incentivá-los a exploração usando as suas mãozinhas. Quando se trata de desenvolvimento motor, todos os papais e mamães ficam preocupados, pois é muito comum os bebês, passarem por todas etapas motoras, rolar - rodopiar 180º - rastejar - rastejar sobre mãos e joelhos (engatinhar) - rastejar sobre mãos e pés - ficar em pé - andar. E se pular algumas dessas etapas é algo grave? A resposta é NÃO! 


O fato é que alguns bebês podem andar antes de engatinhar e alguns bebês podem até mesmo nunca engatinhar, importante salientar que o tempo de “estar pronto” é variável, por exemplo, conseguir sentar varia entre 6 e 11 meses. Brincar, dançar ou cantar acontece entre 7 e 13 meses. Agora atenção a essa informação, o mais importante não é engatinhar, sabemos que, muitos bebês pulam essa fase e é normal. Contudo, aos 18 meses, é esperado que a criança já tenha aprendido a andar. Caso isso não aconteça, o ideal é procurar um neurologista pediátrico para uma avaliação e um fisioterapeuta para conduzir esse processo. 

 

Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e diretor científico da Associação Brasileira de Perícias Fisioterapêuticas (ABRAPEFI ) - @abrapefi