Mogi das Cruzes é o quarto município mais antigo do Estado de São Paulo. No próximo dia 1º de setembro, completará 463 anos de existência como uma cidade rica em tradições políticas, culturais e, principalmente, religiosas.
Com mais de 450 mil habitantes, Mogi pode ser considerada uma cidade cristã. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último levantamento realizado em 2010, mais de 60% da população se considera católica apostólica romana, e mais de 20% se declara evangélica.
Considerada uma das manifestações culturais mais antigas da cidade, a Festa do Divino Espírito Santo, realizada há mais de 400 anos no município, já faz parte da tradição dos católicos mogianos. A celebração é uma referência por conta das características próprias influenciadas pelo folclore local, além das tradicionais missas, há a participação de grupos tradicionais, como as congadas.
Sabemos que a religião agrega valores em uma cultura que vão além de valores éticos. A religião tem um papel importante, influenciando diretamente a vida das pessoas. Nesse sentido, é possível observar que nos últimos anos, outra religião vem ganhando força. O fenômeno do crescimento no Brasil do grupo religioso chamado genericamente de evangélicos, que reúne fiéis de igrejas protestantes, pentecostais e neopentecostais, tem levado estudiosos a elaborarem a hipótese de que o país está passando por uma transição religiosa, deixando de ser uma nação predominantemente católica para dar lugar a uma hegemonia evangélica, o que poderia se consumar nas próximas décadas.
Todavia, podemos ressaltar que Mogi também recebe outras culturas religiosas, como a espírita, a umbanda e muçulmana, por exemplo. Independentemente da denominação, Mogi das Cruzes é considerada pelos religiosos como uma cidade acolhedora, que tem liberdade para propagar suas crenças e atender seus seguidores. Por conta disso, grupos religiosos têm feito um trabalho grandioso ajudando o município a dar assistência para jovens, pessoas em situação de rua e de de vulnerabilidade social, dependentes químicos, entre outros atendimentos como inclusão e educação.
