Mensalmente acompanhamos os resultados divulgados pelo Governo Federal sobre o número de admissões e desligamentos no mercado formal de trabalho, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Depois de números positivos nos últimos meses, em maio o saldo apresentou uma redução significativa no balanço feito pela reportagem de acordo com os números registrados pelas cidades da região.
Infelizmente uma pequena mostra de que nossa economia ainda precisa de bases mais sólidas para uma retomada efetiva, após períodos tão conturbados como ocorreu na pandemia de Covid-19.
A esperança dos bons números do começo do ano, vai dando lugar as incertezas com o avançar do tempo, já que antes mesmo da crise sanitária, os problemas econômicos já eram uma realidade.
A crise econômica se agravou com a pandemia, ampliando a desigualdade e contribuindo para que muitas empresas encerrassem suas atividades e outras tenham dificuldade para voltar a investir e crescer. Por outro lado, a passos mais lentos do que todos desejamos, nossa economia certamente avança de alguma forma e nos faz acreditar que a recuperação é possível. Mas não há como negar, os tropeços frequentes, que nos levam a acreditar que as reformas necessárias em debate atualmente dificilmente venham a se concretizar. Apesar disso, seguimos acreditamos em tempos melhores.
Muitos especialistas falam também de que o emprego formal como conhecemos, com carteira assinada, e contratos que de longa duração, devem se tornar raridade, mas ainda é o que almeja uma boa parcela da população.
Outro ponto é a informalidade que se tornou o caminho para muitas pessoas demitidas, que não conseguiram voltar ao mercado formal, encontrando oportunidades, principalmente no segmento de serviços.
Também é preciso olhar por esses profissionais informais, que podem se tornar Microempreendedores Individuais (MEIs), o que nem sempre ocorre. O país precisa de políticas econômicas e sociais mais sólidas que abracem a todos.