A carga tributária sempre foi um problema para o país e a discussão sobre uma possível reforma parece uma novela sem fim. Afinal, a população paga muitos impostos em todos os níveis governamentais - município, Estado e União -, e infelizmente em contrapartida tem acesso a serviços de qualidade precária na maioria das vezes. A educação deixa a desejar, para dizer o mínimo; na saúde, as filas se acumulam para a realização de consultas, exames e outros procedimentos; e na segurança, os indicadores não são os mais positivos.

A arrecadação de tributos cresce a cada ano, como mostramos frequentemente por meio dos números divulgados na plataforma Impostômetro, criada em 2005 pela Associação Comercial de São Paulo, e destaque na edição de hoje. São milhões pagos todos os anos pela população da região, do Estado e do país. Na região, Mogi das Cruzes, que tem um Orçamento bilionário, concentra 30% do total.

Os impostos estão por toda a parte, presentes em cada produto e serviço adquirido, às vezes dobrando o preço de cada item. Sobre a carne, por exemplo, segundo o Impostômetro, 29% do preço corresponde à tributação do produto.

São dados que impressionam e dão uma mostra do senso comum, que afirma que, na maioria das vezes, não falta dinheiro aos cofres públicos, o problema está na gestão dos recursos que precisa ser mais eficiente e direcionar o que é arrecadado para realmente atender as demandas da população. Demandas urgentes como temos visto neste período de chuvas, com alagamentos frequentes na região. O fator climático pode ter surpreendido, mas a situação em diversos pontos do Alto Tietê é preocupante mesmo com chuvas menos intensas.

Cabe a população cobrar sempre para que a aplicação dos recursos seja a mais correta possível, levando o poder público, principalmente aos mais vulneráveis, que precisam de medidas urgentes para o escoamento das águas das chuvas e na questão da moradia, que requer também o investimento do Estado e da União. Fique atento e acompanhe de perto a destinação dos impostos.