Na edição de ontem, o Mogi News/Dat trouxe um dado bastante relevante que retrata uma das consequências da pandemia do novo coronavírus, o crescimento do número de Microeempreendedores Individuais (MEIs) na região.
No Alto Tietê, mais de 107 mil moradores de Suzano, Mogi das Cruzes, Poá e Itaquaquecetuba possuem uma microempresa aberta. Esse volume é 68% maior que o registrado em 2019, ou seja, antes da crise sanitária que afetou a economia brasileira, quando a região contava com 56.082, segundo levantamento feito com as prefeituras.
"São empresas que nascem pela necessidade e não por oportunidade". A frase do diretor de Atendimento ao Empreendedor e Desburocratização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Mogi, Mário Miranda, representa exatamente o momento vivido nos últimos anos pelo brasileiro, que perdeu seu emprego, viu as chances de conseguir uma nova oportunidade com carteira assinada ficarem cada vez mais distantes e precisou seguir por um novo caminho para conseguir seu sustento.
No Brasil, o desemprego chegou a atingir 14,1 milhões de pessoas em 2021. Esse número caiu e no final de 2022 eram cerca de 9,7 milhões de pessoas desempregadas, ainda assim uma situação muito preocupante.
Empreender foi única forma encontrada por muitas dessas pessoas para conseguirem renda. Seja vendendo alimentos, produtos ou prestando algum serviço, o brasileiro precisou se reinventar e de forma urgente, por isso é importante que se leve em conta também um outro cenário, a sobrevivência dessas microempresas.
Capacitação é peça chave para o sucesso desses MEIs. Cabe as prefeituras garantir orientação jurídica para esses empreendedores, além de firmar convênios com serviços como o Sebrae, que capacitam os MEIs em relação a gestão.
Uma cidade que dá condições para empreendedores se desenvolverem possibilita que eles se tornem donos de pequenas, médias e até grandes empresas futuramente, criando assim ainda mais emprego, renda e dignidade para sua população.